O resultado positivo da rodada de leilões de 12 aeroportos, realizada nesta sexta-feira (15) pelo governo federal, reforça o sucesso do modelo de concessões no setor aeroportuário nacional. Os terminais foram leiloados em três blocos: Sudeste (Vitória e Macaé), Centro-Oeste (Cuiabá, Alta Floresta, Sinop e Rondonópolis) e Nordeste (Juazeiro do Norte, Campina Grande, João Pessoa, Recife, Maceió e Aracaju). Com as novas concessões o capital privado passará a responder por 67% do total de 211 milhões de passageiros que circulam pelos aeroportos brasileiros.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positivo o interesse de várias empresas operadoras aeroportuárias e consórcios na licitação. Os valores pagos pelas outorgas, de R$ 2,38 bilhões, e os investimentos previstos de mais de R$ 3,5 bilhões nos próximos 30 anos são sinais claros da atratividade da infraestrutura brasileira.
“As concessões de aeroportos hoje realizadas são exemplos a serem seguidos por outros setores da infraestrutura no país, como o ferroviário e portuário. O caminho para a retomada da economia passa fundamentalmente pelo aumento da participação privada nos investimentos e na gestão de empreendimentos de infraestrutura”, afirma o presidente da CNI em exercício, Paulo Afonso Ferreira.
Dez aeroportos brasileiros já são geridos por grupos privados: Salvador, Porto Alegre, Natal, Fortaleza, Florianópolis, Campinas, Guarulhos, Rio de Janeiro (Galeão), Belo Horizonte (Confins) e Brasília. A concessão destes terminais trouxe avanço significativo para a gestão e a expansão da infraestrutura aeroportuária. Na avaliação da CNI, os aeroportos concedidos terão melhores condições para planejar e adequar suas estruturas à crescente demanda de passageiros e cargas nos próximos anos.