Juros baixos no longo prazo dependem de ajuste fiscal, avalia CNI

De acordo com presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, os custos elevados dos empréstimos desestimulam os investimentos das empresas e o consumo das famílias, comprometendo a recuperação da economia

A manutenção dos juros em 6,5% ao ano reflete, provavelmente, as preocupações do Banco Central com os impactos da recente desvalorização do real frente ao dólar. A avaliação foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (16) logo depois do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Para a indústria, a inflação baixa e ritmo muito lento de recuperação da economia permitiriam um novo corte na taxa Selic. 

Embora os juros atuais sejam os mais baixos desde 1986, os custos dos financiamentos continuam elevados por causa do spread bancário, a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que eles cobram ao conceder um empréstimo. "Os custos elevados dos empréstimos desestimulam os investimentos das empresas e o consumo das famílias, comprometendo a recuperação da economia", observa o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 

O presidente da CNI destaca que o crescimento sustentado depende do equilíbrio das contas públicas. "É preciso persistir nas medidas de ajuste fiscal que assegurem a estabilidade econômica. Isso permitirá a manutenção dos juros baixos por um longo período", conclui Robson Andrade.

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