Mais de 500 pessoas participam de seminário sobre modernização das leis do trabalho, em Mossoró (RN)

Evento organizado pela FIERN com entidades do setor produtivo potiguar foi o terceiro realizado no estado para esclarecer os principais pontos da nova legislação trabalhista, que entra em vigor em 11 de novembro

Mais de 500 pessoas, entre representantes de entidades empresariais, empresários, autoridades e gestores de recursos humanos participaram do seminário Modernização das Leis Trabalhistas: O que mudou? Por que mudou?, realizado nesta sexta-feira (15), em Mossoró (RN). A cidade foi a terceira a receber o evento, já realizado em Natal e Currais Novos e organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) com entidades representativas do setor produtivo potiguar. Aprovada em julho, a Lei 13.467/2017 entre em vigor em 11 de novembro.

O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, durante o discurso de abertura do evento, defendeu a modernização trabalhista e convocou a todos para defender e esclarecer as mudanças. “Temos acompanhado de perto esta modernização das leis do trabalho e buscamos construir um ambiente favorável para gerar empregos e promover o empreendedorismo”, disse.

O relator da reforma, deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN), proferiu a palestra Modernização da Lei Trabalhista Brasileira: Liberdade, Segurança Jurídica e Simplificação. Ele enfatizou o trabalho de bastidores durante o trâmite da matéria no Congresso Nacional. “Foram apresentadas mais de 1.200 emendas, ouvimos mais de 100 especialistas do setor, o tema foi debatido em nove estados com representantes dos trabalhadores, das empresas, juristas, Ministério Público do Trabalho”, lembrou.

FLEXIBILIDADE E PROTEÇÃO - Entre os dados apresentados, Rogério Marinho, destaca que dentre os 20% dos trabalhadores mais ricos do Brasil, 16% estão na formalidade, 3,1% estão desempregados e 80% estão empregados e protegidos pela CLT. “A CLT protege os trabalhadores ricos e exclui os trabalhadores pobres”, destacou.

“Cada empresa é diferente. Uma salina é diferente de uma padaria, de um mercado de uma loja de móveis. Há também aqueles pontos que são impossíveis de serem negociadas: 13º salário, FGTS, seguro desemprego e todos os previstos no artigo 7 da Constituição Federal”, destacou Rogério Marinho.

Palestrante do evento, a gerente-executiva de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sylvia Lorena, esclareceu mais pontos sobre a modernização da lei trabalhista do ponto de vista jurídico. “Se eu preciso de mais verbetes interpretando a lei do que a própria lei, é claro que tem coisa errada”.

Da FIERN

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