Empresas brasileiras estão comprometidas com Acordo do Clima

Liderado pela CNI, setor industrial participa da 23ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, que ocorre até 17 de novembro, em Bonn, na Alemanha

O desenvolvimento do mercado florestal é apontado como fundamental para que o Brasil cumpra a meta de reflorestar 12 milhões de hectares de floresta

O setor industrial brasileiro vê a questão climática como uma agenda de desenvolvimento econômico e na 23ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-23), que ocorre de 6 a 17 de novembro em Bonn, na Alemanha, estará presente sob a liderança da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Lá participarão de reuniões para debater estratégias, riscos e oportunidades para implementação e financiamento dos compromissos estabelecidos na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil ao Acordo de Paris.

Entre os encontros está o Global Climate Action em 12 de novembro, quando haverá painéis voltados a temáticas de engajamento dos países para a regulamentação e cumprimento do Acordo de Paris em continuidade ao que foi estabelecido na COP-22, em Marrakesh, no Marrocos. Entre os assuntos abordados estão Indústria 4.0, inovação em materiais e design e economia circular.

Outro destaque é o Dia da Amazônia, promovido pelos governos dos estados do Amazonas – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – em 14 de novembro, com o objetivo de debater os desafios e oportunidades voltadas para o desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. Na ocasião, os gestores empresariais entregarão aos representantes do governo o estudo Florestas e Indústria: Agenda de Desenvolvimento, desenvolvido pela CNI.

O desenvolvimento do mercado florestal é apontado como fundamental para que o Brasil cumpra a meta de reflorestar 12 milhões de hectares de floresta, estabelecida pelo governo brasileiro no Acordo do Clima. No entanto, esse mercado enfrenta obstáculos como a regulamentação burocrática e incompatível com a realidade, além de inibidora de inovações e de melhorias nas áreas de manejo florestal e de reflorestamento.

Exemplo dessa falta de sincronia está no Plano Plurianual 2016-2019, que estabelece a ampliação da concessão florestal de 840 mil para 3,5 milhões de hectares, sendo que em 10 anos não se conseguiu atingir a meta de 1 milhão de hectares sob concessão.  “Essa situação reflete a falta de prioridade que a agenda de desenvolvimento florestal ocupa no projeto de desenvolvimento nacional”, destaca o estudo.

ADAPTAÇÃO – No dia 15 de novembro, no Espaço Brasil, a CNI participa de debate organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), sobre estratégias empresariais para adaptação à mudança do clima. Neste painel, a CNI apresentará as necessidades do setor industrial na agenda.

O setor industrial também marca presença no painel A contribuição da Bioenergia para o Acordo de Paris, em 16 de novembro, quando o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, mostra o andamento da implementação da Plataforma Biofuture, lançada na COP-22, em Marrakesh. A iniciativa, apoiada por 20 países e liderada pelo Brasil, é um esforço coletivo para o desenvolvimento e a implantação de biocombustíveis avançados em diversos setores, como alternativa aos combustíveis fósseis.

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