Em um cenário global cada vez mais volátil, as relações comerciais do Brasil com outros países têm ganhado destaque estratégico. Com o acirramento da guerra tarifária entre Estados Unidos e China — as duas maiores potências econômicas do planeta — o Brasil se vê no centro de um jogo geopolítico complexo, mas com muitas oportunidades.
Entender como o país se posiciona nesse tabuleiro internacional é essencial para compreender os impactos que isso pode ter na economia, no emprego e até nos preços que pagamos no supermercado.
O cenário atual
Os principais parceiros comerciais do Brasil atualmente são a China, os Estados Unidos e a Argentina. A China é, de longe, o maior comprador de produtos brasileiros, como soja, minério de ferro e carne bovina. Em troca, o Brasil importa itens como eletrônicos, peças industriais e fertilizantes.
Os Estados Unidos ocupam o segundo lugar, sendo importantes tanto para a exportação de produtos industrializados brasileiros, como aviões e motores, quanto para a importação de combustíveis, máquinas e tecnologia.
A Argentina, embora tenha uma economia menor, é um destino para os produtos manufaturados brasileiros, como veículos, peças e produtos químicos. Por outro lado, o país vizinho fornece para o Brasil trigo, plásticos e derivados de petróleo, por exemplo.