Oportunidades e desafios para a digitalização da indústria

Para o diretor de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emílio Gonçalves,a digitalização está ao alcance de todas as empresas, dos mais diferentes setores.

Na Alemanha, alguns desafios são a carência de infraestrutura digital no interior do país

A digitalização foi tema do fórum “Desafios digitais: Aumento da produtividade e modernização da indústria”, durante o 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha. O diretor de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emílio Gonçalves, apresentou oportunidades para a Indústria 4.0 no Brasil, que permitem ganhos de produtividade, o aumento da eficiência, a integração da produção, e a mudança de modelos de negócio das empresas.

Entretanto, são necessários o estímulo à adoção e ao desenvolvimento de novas tecnologias, a expansão da infraestrutura de banda larga, a resolução de aspectos regulatórios, e a qualificação de recursos humanos. Segundo Gonçalves, a digitalização está ao alcance de todas as empresas, dos mais diferentes setores. “Não é um bonde perdido, mas é preciso avançar com rapidez para aproveitar a oportunidade que a Indústria 4.0 oferece para o desenvolvimento industrial”, disse.

O chefe de Tecnologia e Inovação do SENAI, Marcelo Prim, destacou a oferta, para pequenas e médias empresas, de serviços de consultoria para rápida digitalização com baixo investimento, em torno de R$ 32 mil. “Estamos provando que a Indústria 4.0 é uma grande oportunidade, e não uma ameaça. O Brasil já a está abraçando”, afirmou.

Para o secretário de Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), Maximiliano Martinhão, o Brasil tem a oportunidade de embarcar numa onda tecnológica, alcançando benefícios sociais e econômicos, como rapidez no registro de patentes e na abertura de empresas.

Na Alemanha, alguns desafios são a carência de infraestrutura digital no interior do país, como exemplificou o membro da Gerência-Geral da Federação das Indústrias Alemãs (BDI), Stefan Mair, ou a capacitação profissional. Para Markus Kamieth, membro do conselho de administração da BASF, a digitalização deve ser oferecida a todos, desde as escolas até as universidades. 

EEBA – O 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA) é organizado pela CNI e pela BDI, com apoio da Prefeitura de Colônia e da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo). O evento ocorre de forma intercalada entre os dois países. A edição de 2019 será no Rio Grande do Norte, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).

Neste ano, cerca de 260 participantes brasileiros estão em Colônia. A delegação empresarial brasileira é liderada pelo vice-presidente da CNI Paulo Tigre e conta também com a participação dos presidentes das Federações Estaduais das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo; de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte; do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry; de Roraima (FIER), Rivaldo Neves; do Maranhão (FIEM), Edílson Baldez; e de Minas Gerais (FIEMG), Flavio Roscoe. Integram ainda a comitiva o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, e os diretores regionais do SENAI do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.

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