Economia circular: solução transforma caroço de pêssego em produtos inovadores

Solução é fruto de parceria entre a Bioquim e o Instituto SENAI de Tecnologia em Couro e Meio Ambiente. Case será apresentado na quarta live do BW Works SENAI, nesta quarta-feira (28), às 15h

Uma parceria entre a Bioquim – empresa que realiza serviços na área ambiental – e o Instituto SENAI de Tecnologia em Couro e Meio Ambiente desenvolveu uma solução baseada em economia circular que transforma o caroço de pêssego em produtos inovadores e ainda protege o meio ambiente. A amêndoa presente no caroço, que normalmente é enterrado nos campos dos produtores, libera cianeto de hidrogênio, substância tóxica com alto poder de contaminação. 

A solução evita o descarte inadequado do material e cria três produtos: óleo de amêndoa de pêssego, carvão ativado e extrato pirolenhoso (usado no controle de pragas). Somente Pelotas, no Rio Grande do Sul, produz 99% do pêssego em conserva no Brasil e cada safra resulta em cerca de 4 milhões de quilos de caroço da fruta.

O potencial de uso de cada subproduto será apresentado em live transmitida nesta quarta-feira (28), às 15h, no BW Works SENAI – Empresas Inovadoras, uma iniciativa do Movimento BW com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). A transmissão do episódio O Resíduo Caroço de Pêssego e seus Inovadores acontece no site.

Élita Timm, tecnóloga em gestão ambiental, e Fábio Pereira dos Santos de Castro, diretor técnico e proprietário da Bioquim, participam da live, que terá apresentação de Luís Gustavo Delmont, especialista em desenvolvimento industrial do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).


“É um grande case de economia circular, pois eles estão transformando um resíduo em três novos produtos. O resultado só foi possível porque se juntaram as competências da indústria com o Instituto de Tecnologia do SENAI. É o conhecimento aplicado na prática”, destaca.


Estimular o uso de inovação e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos

O Movimento BW é uma iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e procura estimular o uso de inovação e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos, soluções e serviços sustentáveis, que reduzam a pegada ambiental das atividades humanas. Por isso, lançou, com o apoio do SENAI, por meio dos Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia, a nova série BW Works SENAI – Empresas Inovadoras.

Na avaliação do diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI, Jefferson Gomes, a iniciativa contribui diretamente para mostrar que a pesquisa aplicada e inovação geram negócios sustentáveis para a indústria brasileira. “Os casos que serão destacados na série são exemplos concretos de que é possível estimular a reindustrialização brasileira com impactos positivos no meio ambiente. Mostramos que o Brasil já é uma potência ambiental. É nisso que o SENAI acredita e por isso essa parceria com a Sobratema”, ressalta Gomes.

O BW Works SENAI – Empresas Inovadoras contará com dez episódios que retratarão cases desenvolvidos pela indústria, em parceria com o SENAI. Esses projetos englobam segmentos como agronegócio, têxtil, alimentício, farmacológico, cosmético, de vidro, de filtros, de combustíveis renováveis, e foram realizados nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul do país.

Conheça a rede de Institutos SENAI de Inovação e de Institutos SENAI de Tecnologia 

A inovação é parte estratégica para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos instrumentos para fomentar Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em direção a soluções mais sustentáveis é a rede de Institutos SENAI de Inovação, com abrangência em todo o país.

Na última década, os 28 Institutos formaram uma equipe de 1.027 colaboradores (sendo 47% com mestrado ou doutorado) responsáveis pela execução de mais de R$ 1,9 bilhão, destinados a mais de 1.930 projetos. Todos desenvolvidos em parceria com cerca de 860 empresas industriais.

A rede foi criada para atender as demandas da indústria nacional. Ela tem como foco de atuação a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Os institutos trabalham em conjunto, formando uma rede multidisciplinar e complementar, entre si e em parceria com a academia, com atendimento em todo o território nacional.

 

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