Unir educação e trabalho é saída para melhorar a vida dos jovens latino-americanos

O WorldSkills Américas integra o esforço internacional de avaliação da educação técnica e os 17 países que participam da competição também promovem disputas nacionais

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, recebe os participantes da competição

Começa nesta quarta-feira (2), em Bogotá, uma maratona de provas que escolherá os melhores profissionais técnicos do continente americano. Os 186 jovens de 17 países participam da terceira edição da WorldSkills Américas, que ocorre na capital da Colômbia até o próximo sábado (6). A competição, que espera receber 40 mil visitantes, ajudará a elevar a educação profissional a um novo patamar no país.

O presidente do país, Juan Manuel Santos, destacou, nesta segunda-feira (1º), na abertura do torneio, que a união entre trabalho e educação é uma saída para que os povos encontrem a equidade e a justiça social. Ele disse acreditar que a formação profissional pode reduzir as taxas de desemprego registradas nos países latino-americanos. Para os jovens, é uma alternativa de preparação para enfrentar a concorrência do mundo globalizado. “Nossa meta é chegar a 2025 como o país mais bem educado da América Latina. A educação técnica faz parte desse desafio”, afirmou Santos.

O WorldSkills Américas integra o esforço internacional de avaliação da educação técnica. Além do torneio intercontinental, os 17 países que participam da competição promovem disputas nacionais. No Brasil,  é chamada de Olimpíada do Conhecimento, organizada a cada dois anos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Esses concursos, cujas provas desafiam os competidores a realizar tarefas do dia a dia do trabalho nas empresas, avaliam competências profissionais e pessoais dos jovens e ajudam a melhorar a qualidade da educação profissional no mundo. Assista ao vídeo oficial de lançamento da competição em Bogotá:

Nas duas primeiras edições da WorldSkills Américas, realizadas no Rio de Janeiro, em 2010, e em São Paulo, em 2012, o Brasil conquistou o maior número de medalhas entre os países que disputavam o torneio. Em São Paulo, foram 26 ouros, quatro pratas e três bronzes. Este ano, o Brasil participa da competição com 34 estudantes de cursos técnicos e de aprendizagem profissional. Eles disputam medalhas em 31 ocupações profissionais. 

Alvenaria - Ariel Bertoluci 
Cabeleireiro -  Juliana Almeida Bezerra 
CAD - Gabriel de Castro Freitas 
Confecção de roupas - Mariana Mariah Vieira de Freitas 
Confeitaria - Luiz Gustavo Brant 
Cozinha - Poliana Aparecida do Nascimento 
Design Gráfico - Paulo Henrique Castro Pereira 
Desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis - Guilherme Lima Hernandez Rincão e Micael Brito de Jesus 
DryWall - Rudimar Braga dos Santos 
Eletricidade industrial - Caique Ferreira de Faria 
Eletricidade predial - Leandro Figueiredo Oliveira 
Eletrônica - Mauri Saraiva dos Santos 
Enfermagem  -  Rita de Cassia Rocha Agliardi 
Fresagem CNC - Henrique da Silva Santana 
Fresagem - Wesley Silvestre dos Santos 
Instalação hidráulica - Pablo Facchin 
Instalação e manutenção de PC - Edson Geovani dos Santos 
Marcenaria - Selimar Dias dos Santos Filho 
Mecânica de auto - Mateus Zitkoski 
Mecatrônica  - Diego Basso e Mateus Gaspary de Freitas 
Polimecânica - Alexandre Sampaio Luz 
Refrigeração - Gabriel de Souza Cardoso 
Revestimento cerâmico - Junior Renato Ferreira 
Robótica - Carlos Adriano Vieira e Victor Gabriel Veríssimo Brandão 
Serviço de restaurante - Anderson Fonseca de Almeida 
Soluções em tecnologia da informação  -  Eliza Thais Neves Amâncio 
Soldagem - Rafael Wenderson Moais Pereira 
Tecnologia da moda - Isadora Micaela Guercovich 
Tornearia - Marcio Venâncio Aurélio Caetano 
Tornearia CNC - José Augusto Costa Ferreira 
Web Design - Mateus Paulino da Silva Santos

AVALIAÇÃO – Responsável por receber a competição que, pela primeira vez tem sede fora do Brasil, a presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA), Gina Parody, classifica essa mobilização não apenas como um grande torneio, mas também como um caminho para se alcançar excelência. “Há muito por trás disso. Estarmos aqui é uma maneira rápida de elevar a qualidade do que desenvolvemos em nossas instituições”, disse. Segundo ela, o desafio assumido pela Colômbia, ao sediar a WorldSkills Américas, é o de mostrar aos jovens que ser um técnico vale a pena. “Com mais técnicos e tecnólogos, teremos uma saída mais rápida para reduzir as taxas de desemprego”.

Durante a cerimônia de abertura da competição, O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, lembrou que os desafios nas Américas para a educação são muitos e que os envolvidos no campeonato são responsáveis em mudar esse cenário. “Vocês, competidores, representam a excelência da educação profissional nas Américas. Vocês inspiram os jovens de seus países a valorizar a educação profissional como opção de carreira e de caminho de vida”.

O presidente da WorldSkills International – a entidade mundial que coordena a iniciativa nos diversos países – recomendou aos participantes que levassem da experiência da competição para seus países e ajudassem a melhorar a educação profissional no mundo. 

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