Tecnologia e técnicas tradicionais se unem para aumentar a produtividade leiteira

Equipes precisaram apresentar soluções inovadoras para aumentar o conforto térmico dos animais, permitir o gerenciamento da propriedade pela Internet, reaproveitar água e desenvolver métodos novos para detectar o cio dos animais

Alunos do Instituto Federal do Espírito Santo montam estrutura para irrigação com painéis solares

Sob uma chuva fina persistente, os competidores do desafio da produtividade leiteira aceleraram a construção dos pastejos rotacionados, no penúltimo dia de competição da Olimpíada do Conhecimento 2016. Neste sábado (12), as cinco equipes que disputam a prova precisaram apresentar soluções inovadoras para aumentar o conforto térmico dos animais, permitir o gerenciamento da propriedade pela Internet, reaproveitar água e desenvolver métodos novos para detectar o cio dos animais. Estes são fatores que afetam diretamente a produtividade dos pastos brasileiros. Nesse desafio, participam apenas estudantes de Institutos Federais do Distrito Federal (2), Espírito Santo e Minas Gerais (2).

As altas temperaturas e umidade alteram a fisiologia e o comportamento dos animais, efeito chamado tecnicamente de estresse térmico. Para resolver essa questão, os alunos do IFSULDEMINAS, Campus Inconfidentes, desenvolveram uma cobertura móvel, que pode ser montada em qualquer ponto do pasto. A estrutura é equipada com sensores que medem a temperatura e a umidade. “Com essas informações, conseguimos acionar os microaspersores e os ventiladores para dar mais conforto aos animais”, explicou o professor da equipe, João Batista Tavares Jr.

Scárdua (E) e Pancieri venceram o desafio individual

Além da temperatura dos animais, os estudantes também precisaram testar técnicas de irrigação do pasto e delimitação de área de pastejo rotativo – em que o gado muda de área a cada dia. Isso sem esquecer da informatização do campo, para a qual os estudantes também tiveram de desenvolver softwares de gerenciamento da produção. “Você consegue fazer o monitoramento e acionamento dos dispositivos de irrigação e ventilação, por exemplo, de qualquer lugar”, explica o avaliador do Espírito Santo, Robson Posse.

REI DA IRRIGAÇÃO – O dia dos estudantes foi particularmente corrido pois, além da prova em equipe, cinco duplas de competidores disputaram o desafio individual de irrigação, em que era preciso montar uma estrutura com as peças adequadas e que funcionasse perfeitamente. Após duas baterias, no fim do dia, os alunos do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Itapina Guilherme Pancieri, 17 anos, e Geraldo Scárdua, 16, foram anunciados os vencedores da prova. “Desde pequeno eu amo trabalhar no campo. Eu amo o que faço e vencer é bom demais”, comemorou Scárdua.

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