Atividade industrial caiu no primeiro mês de 2022, aponta pesquisa da CNI

A utilização da capacidade instalada, a produção e o emprego caíram entre dezembro e janeiro. Otimismo dos empresários segue moderado

O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,8 pontos em janeiro

A atividade industrial iniciou 2022 seguindo a tendência de desaceleração do segundo semestre do ano anterior. A informação é da Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, a utilização da capacidade instalada, a produção e o emprego recuaram de dezembro de 2021 para janeiro de 2022.


“O resultado do mês é uma continuidade do que já vinha acontecendo. Dificuldades na produção por conta do problema nas cadeias de suprimentos e demanda mais fraca, por conta da incerteza econômica, desocupação ainda elevada e a perda do poder de compra das famílias por conta da inflação” explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.


O índice de evolução da produção manteve-se em 43,1 pontos, resultado que está abaixo da linha divisória que indica queda ou crescimento da produção. O índice de janeiro é praticamente o mesmo de dezembro de 2021 e reforça a tendência de queda da produção industrial.

O emprego industrial também recuou no primeiro mês deste ano. O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,8 pontos em janeiro, o que representa queda já que o índice ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa queda de alta do emprego.

As expectativas dos empresários seguem otimistas em fevereiro de 2022, mas, assim como em janeiro, o otimismo é relativamente moderado. Todos os resultados seguem acima da linha de 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses. Contudo, todos os índices estão entre os menores para meses de fevereiro dos últimos três anos.

Veja, a seguir, a entrevista completa com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

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