Ambiente no Brasil está mais favorável ao crescimento econômico, diz diretor da CNI

Carlos Abijaodi afirma que o país está fazendo reformas importantes e vem avançando com acordos comerciais e contra a bitributação. Há, ainda, sinais positivos como a inflação e os juros baixos

Lamego, Abijaodi, Bonomo e Azevedo: troca de informações com 47 representantes de 34 países

A melhora dos indicadores macroeconômicos e do ambiente de negócios apontam para uma recuperação mais forte da economia no próximo ano. “O ambiente está mais favorável ao crescimento”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, durante o 12º Briefing Diplomático, realizado nesta segunda-feira (18), em Brasília. Organizado pela CNI, o evento reuniu 47 representantes de embaixadas de 34 países.  

“O Brasil está fazendo reformas importantes, fechou o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, oficializou o acordo do Mercosul com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e voltou a discutir os acordos bilaterais que evitam a bitributação”, acrescentou Abijaodi. Outro avanço, citou o diretor, foi o compromisso assumido pelo governo com a adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O economista da CNI Marcelo Azevedo apresentou dados que confirmam a recuperação gradual da atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) teve uma expansão de 0,4% no segundo trimestre deste ano em relação ao período imediatamente anterior. A taxa de investimentos aumentou 2,1% em 2018 e avançou 3,2%, no segundo trimestre frente o primeiro trimestre deste ano. 

Outros indicadores positivos são, segundo Azevedo, a taxa de inflação, que está abaixo da meta fixada pelo Banco Central, a queda dos juros para 5% ao ano, a melhora da situação financeira das empresas e das famílias, o aumento da confiança dos empresários e dos consumidores e a redução da taxa de desemprego. 

FORMAÇÃO PROFISSIONAL – Além disso, durante o encontro, gerente-executivo de Relações Internacionais da CNI, Frederico Lamego, apresentou as ações do Serviço Nacional de Aprendizagem industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI) na formação de trabalhadores no Brasil e no exterior. Lamego ressaltou que o SENAI oferece serviços de educação profissional para governos ou instituições de outros países e capacita trabalhadores para transnacionais brasileiras que se instalam no exterior.

“Atualmente, o SENAI atende a mais de 45 países com serviços de formação profissional”, disse Lamego. Entre esses países estão Moçambique, Angola, Guiné Bissau, Paraguai, Peru, Jamaica, Guatemala e Guiana Francesa. A entidade também atua com transferência de tecnologia com importantes institutos internacionais como a Fundação Fraunhofer, da Alemanha, e o MIT, dos Estados Unidos, e mantém uma equipe de especialistas em diversas áreas do conhecimento. 

TROCA DE INFORMAÇÕES – O Briefing Diplomático é uma reunião de representantes de embaixadas instaladas em Brasília, organizada pela CNI. Ocorre duas vezes por ano e o objetivo é apresentar aos representantes estrangeiros e trocar informações sobre a visão empresarial a respeito de temas importantes para o Brasil.

 

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