Pódio sobre rodas: dançarino do SESI ganha prêmio mundial

Conheça a história de David Pontes, atleta que conquistou o mundo com sua dança em cadeira de rodas

David transformou a adaptação à cadeira de rodas em arte. Para ele, foi sua melhor decisão

Há 11 anos, David Pontes sofreu um acidente de moto, onde perdeu os movimentos e a sensibilidade dos membros inferiores. Ele passou por momentos desafiadores até aprender a lidar com a condição de cadeirante.

Em 2019, o mundo que conhecia sobre duas rodas começou a mudar: uma amiga que o via como um talento natural para a dança em cadeira de rodas insistiu que ele experimentasse a modalidade.  Hoje, ele sabe que a decisões foi uma das mais assertivas de sua vida.


“A dança esportiva em cadeira de rodas trouxe o movimento que faltava na minha vida. Eu não dançava antes do acidente, mas agora, na cadeira de rodas, é o que eu mais gosto de fazer”, relata.


3 anos e 21 medalhas depois..

David entrou como atleta para a companhia de dança Do Nosso Jeito em 2019 e começou a competir no ano seguinte.

Em 2021, veio a chance de disputar a primeira competição internacional, o World CUP em Gênova, na Itália, fazendo parte do Time Brasil. Ele conquistou duas medalhas, uma de prata e a outra em bronze, nas modalidades de módulo livre e convencional.

A partir daí, os títulos vieram quase que naturalmente. A competição de destaque foi o campeonato brasileiro de 2022, disputado na cidade mineira de Poços de Caldas. Inscrito em 10 categorias, ele venceu todas. Assim, ele chegou ao topo do mundo.

Coreografia da apresentação “Space Jam” levou Davi ao 1⁰ lugar no ranking mundial

“Tive a grata notícia que fechei a temporada 2022 da Dança Esportiva em Cadeira de Rodas como nº 1 do mundo, na categoria Single Freestyle Classe 1. Essa é a primeira vez que um atleta brasileiro consegue o feito. É algo que divido com todos os meus companheiros e companheiras de equipe da Cia Do Nosso Jeito”, comenta.


Além de títulos, a dança o apresentou também à esposa, Karina Souza. Ela é coreógrafa e parceira de dança.  “Dividir a pista e a vida ao lado dela é um privilégio. Essa, sim, é a melhor coisa que a dança me deu, pois ao lado dela eu não apenas conquisto medalhas, eu conquisto a vida”.

David e a esposa em competição na Eslováquia

Uma parceria fundamental

Fora das pistas, Davi é auxiliar administrativo da Gerência de Cultura, Esporte e Lazer do Serviço Social da Indústria (SESI) do Pará. 

“Trabalhar no SESI é mais um presente que Deus me deu, pois sabemos que vários atletas não conseguem somente treinar e se sustentar.” A afirmação de David retrata a dura realidade de atletas brasileiros que, sem apoio, driblam muitas dificuldades para se dedicar ao esporte.  

Mesmo tendo apenas dez meses de casa, David conta que o SESI sempre se mostrou de portas abertas para acolhê-lo como atleta e como colaborador.

“Tenho recebido todo apoio para continuar competindo e isso faz toda a diferença no meu rendimento. Os resultados que consegui em 2022 refletem a parceria e o apoio que tenho do SESI”, comemora.

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