Iniciada como atividade industrial apenas a partir de século XIX, a indústria química é responsável por um vasto leque de produtos essenciais, seja na sua utilização direta ou na incorporação em outros setores produtivos. Nos últimos anos, a indústria química vem passando por diversas transformações, motivadas principalmente pela globalização, reflexo da revolução nas comunicações e da abertura de mercados.
A evolução dos processos químicos em escala industrial será abordada durante o Workshop Internacional de Inovação em Biomassa, realizado pelo Instituto SENAI de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa). Quem vai falar sobre o tema é o engenheiro-químico e engenheiro de processamento de petróleo Georg Weinberg. O evento acontece nos dias 14 e 15 de março, em Três Lagoas (MS).
Com a palestra “Efeitos dos ciclos de energia na indústria química”, Georg Weinberg, que também é consultor, apresentará a predominância da tecnologia alemã até o início da Segunda Guerra Mundial e a grande mudança com o desenvolvimento das refinarias de petróleo. “Abordarei os ciclos energéticos dominados pelo carvão e pelo petróleo e gás e a história de sua influência sobre a indústria química, tendo em vista obter indicações sobre o novo ciclo energético que já está se configurando e suas consequências, enfatizando o aspecto tecnológico”, explica.
MAIS PALESTRAS - Para o Workshop, o ISI Biomassa selecionou oito diferentes temas para demonstrar oportunidades e formas de atuação para promover a competitividade da indústria brasileira, com foco na transferência de conhecimento, investigação e inovação aplicada. Entre os assuntos que serão abordados durante o evento, destacam-se indústria 4.0 na química e biotecnologia, Projeto MIDAS - transformando resíduo em ouro, potencial da transformação da biomassa em energia, agenda de inovação no Brasil na área de renováveis, patentes na área de renováveis, desafios da biotecnologia na transformação de biomassa, incentivos à inovação no Brasil e tendências na biotecnologia.
Para abordar estes assuntos também foram convidados especialistas de renome internacional, como o professor Donato Aranda, que coordena a Unidade Protótipo de Catalisadores (Procat), maior centro de plantas piloto em catálise na América Latina, o engenheiro químico Georg Weinberg, o químico Claudio Luis Donnici, o presidente-executivo da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), Bernardo Silva, o professor Florent Allais, da AgroParisTech, que fica em Paris, na França, o professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nei Pereira Júnior, que é PhD em Biotecnologia, e o engenheiro-mecânico Ricardo Alan Verdú Ramos.