Desenvolvimento sustentável em Sergipe e empoderamento feminino no setor elétrico: vem conferir tudo no Brasil Indústria, coluna semanal da Agência de Notícias da Indústria que traz, toda sexta-feira, o que foi destaque nos estados.
Governo e SENAI CETIQT lançam ‘Projeto RendaVeste Sergipe’
O governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (SETEEM), lançou esta semana o Projeto RendaVeste Sergipe - Conexão Artesanato & Moda, elaborado pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI CETIQT) para o desenvolvimento econômico sustentável da produção das artesãs de renda irlandesa, preservando as tradições culturais.
O projeto visa impulsionar a inserção das artesãs da renda irlandesa no mercado da moda. O SENAI CETIQT é responsável pela formação profissional e a prestação de serviços orientados à cadeia produtiva do setor. Com larga experiência e atuação em programas de aumento da produtividade da indústria têxtil e da confecção, a expectativa é que o SENAI CETIQT atue, com a implementação do ‘RendaVeste’ em Sergipe, como um agente de mudança econômica na vida das rendeiras.
O projeto RendaVeste representa um compromisso com a qualidade e autenticidade, oferecendo mecanismos para amplificar oportunidades de negócios para as artesãs da Renda Irlandesa. “Todo programa do projeto tem como objetivo compartilhar ferramentas de design para que as rendeiras possam se tornar criadoras da identidade de seus produtos e sejam capazes de inovar em suas produções”, pontua o consultor do Senai CETIQT, Alexandre Bojar.
Segundo o secretário de Estado do Trabalho, Jorge Teles, a perspectiva é fortalecer o talento das rendeiras de renda irlandesa de Sergipe. “Com isso, agregamos valor ao seu produto, oportunizando a criação de novos produtos baseados no design, na moda, e gerando um retorno maior para essas que mantém acesa a nossa cultura, nossa ancestralidade, que vem sendo passada de geração em geração, e que sobrevive no mundo inteiro unicamente aqui no estado de Sergipe”, considera.
IEL vai oferecer curso de relações institucionais e governamentais para sindicalistas
O departamento nacional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) vai oferecer um curso gratuito de Relações Institucionais e Governamentais (RIG) para executivos ligados aos sindicatos patronais. O objetivo é atualizar os participantes sobre os conceitos de Políticas Públicas e Relações Governamentais, assim como apresentar cases de sucesso aplicáveis ao trabalho. Os participantes serão selecionados a partir de sindicatos já veiculados aos departamentos regionais do IEL.
O curso será totalmente online, com carga horária de 16 horas, e terá aulas ministradas pelo professor da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Caldas. “Essa ação está alinhada ao posicionamento da Rede IEL, junto a um público estratégico, para colaborar com o avanço econômico e industrial”, afirma a especialista em Políticas e Indústria do IEL, Sarah Saldanha.
SENAI e Energisa Tocantins lançam curso de formação de eletricistas exclusivo para mulheres
O SENAI-TO, em parceria com a Energisa Tocantins, lançou um curso de formação de eletricistas de redes dedicado exclusivamente a mulheres, em uma clara iniciativa para promover a inclusão feminina em uma área predominantemente masculina. Interessadas têm até o dia 10 de julho para se inscrever.
"Este projeto é um marco importante para a promoção da igualdade de gênero no setor elétrico, proporcionando às mulheres a oportunidade de se qualificarem e se destacarem”, afirmou a diretora regional do SENAI Tocantins, Márcia Rodrigues de Paula.
Para se candidatar ao curso, as interessadas precisam cumprir determinados requisitos: ter no mínimo 18 anos, ensino médio completo, Carteira Nacional de Habilitação (categoria B) e disponibilidade para frequentar as aulas teóricas e práticas no período noturno de segunda a sexta-feira. A Energisa também destacou o desejo de incluir mulheres indígenas e quilombolas, visando reforçar a diversidade e o aprendizado coletivo no treinamento.
Campanha ‘Todos Unidos pelo Sul’ mobilizou entidades e empresas da indústria
De 7 de maio a 26 de junho, a Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA), o Serviço Social da Indústria do DF (SESI-DF), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (SENAI-DF) e o Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF) realizaram uma grande ação de arrecadação de doações para ajudar pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A organização foi do Programa Conexão, por meio do qual as quatro entidades promovem a responsabilidade social e ajudam cidadãos em situação de vulnerabilidade.
A campanha mobilizou 58 voluntários, não só das entidades locais, mas também da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e das instituições nacionais do SESI, do SENAI e do IEL, dos sindicatos da base da FIBRA, além do Grupo Seara. Esses voluntários se dedicaram à separação, à catalogação e à logística da campanha.
A arrecadação foi feita na FIBRA, no SESI Gama, no SESI/SENAI Sobradinho, no SESI Taguatinga e no SESI Lab. Os donativos lotaram 11 caminhões, 4 vans e 3 carretas e foram levados até a Base Aérea de Brasília no primeiro momento e, com o avanço da campanha, ao Porto Seco de Anápolis (GO) e aos centros de distribuição dos Correios de Brasília.
Foram arrecadados 41,7 mil litros de água potável, 8,7 toneladas de alimentos, 1.733 cestas básicas e mais de 750 quilos de ração animal. Além disso, a soma de doações incluiu mais de 20 mil peças de roupas, 1.694 pares de calçados, 368 colchões e diversos itens de cama, mesa e banho. Também foram coletados itens como 14.415 produtos de higiene pessoal, mantimentos médicos, velas, descartáveis e brinquedos.
Estão abertas as inscrições para o 5º Woodtrade Brazil e para a Feira Lignum Latin America
Os interessados em participar do 5º Woodtrade Brazil, que acontecerá em 16 de setembro de 2024, no Centro de Eventos Sistema FIEP, em Curitiba (PR), já podem se inscrever. O evento marcará o início da Semana Internacional da Madeira, que prossegue até o dia 19 de setembro. Também estão disponíveis as inscrições para a Feira Lignum Latin America, que terá expositores de produtos e serviços para o setor industrial madeireiro e florestal.
Realizado em uma parceria da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), com a Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) e a Malinovski, o Woodtrade Brazil reunirá empresários de diferentes regiões e segmentos madeireiros do país, proporcionando oportunidade de conexão, diálogo e troca de conhecimentos, trazendo palestras com empresários nacionais e especialistas internacionais.
Entre os temas abordados estarão avaliações e tendências de mercado, suprimento florestal e competitividade de nossas exportações. Os assuntos serão apresentados a um público qualificado, incluindo industriais e diversos atores da cadeia produtiva.
Produção da indústria pesqueira deve chegar a R$ 4,08 bilhões
A indústria da pesca catarinense alcançou R$ 3,8 bilhões em valor bruto da produção, o que coloca Santa Catarina na primeira posição do ranking nacional, com 61,6% de participação em 2022 (último dado disponível). A estimativa para 2023 é de R$ 4,08 bilhões. O estado conta com 593 empresas no setor e destaca-se como o maior empregador do ramo no Brasil, com um aumento de 31,29% no número de empregos gerados desde 2018.
A indústria pesqueira de Santa Catarina evidencia um crescimento robusto e contínuo, tanto em produção quanto em oportunidades de trabalho, o que foi ressaltado pelo presidente da Câmara de Desenvolvimento da Pesca da FIESC na ExpoMar 2024 em Itajaí.
No mercado internacional, Santa Catarina ocupa a posição de terceiro maior exportador brasileiro no setor pesqueiro, totalizando US$ 42,1 milhões em vendas externas em 2023, e lidera em volume exportado com 25% do total nacional. O estado também se sobressai ao alcançar o primeiro lugar em valor da transformação industrial com R$ 1,4 bilhão em 2022, mostrando-se forte em valor agregado e produtividade por trabalhador.
O encontro na ExpoMar 2024 também abordou desafios e oportunidades para o setor, com destaque para os impactos da reforma tributária na produtividade, a importância de acompanhar as tendências de consumo orientadas pela sustentabilidade e bem-estar animal, e a incorporação da economia circular para transformar resíduos em produtos valiosos como óleo e ração. Tais temas indicam um futuro promissor para a pesca catarinense alinhado com inovação e responsabilidade socioambiental.
Bandeira amarela na conta de luz mostra necessidade de novas hidrelétricas no País
A partir deste mês de julho, consumidores começaram a pagar mais caro na conta de luz, com um acréscimo de R$1,88 a cada 100 kw/h consumidos. A cobrança adicional ocorre em razão do acionamento da bandeira tarifária amarela, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), no mês passado. “O acionamento da bandeira amarela sinaliza que estamos ligando as termelétricas, que são poluentes e mais caras que as hidrelétricas. Ou seja, estamos encarecendo a conta do consumidor e poluindo o meio ambiente devido a uma escolha que fizemos no passado de não investir mais em hidrelétricas”, pontua o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe.
Segundo estudo elaborado pela Federação, caso as fontes de energia não renováveis fossem substituídas por hidrelétricas, haveria uma redução de custos com energia elétrica de 19,3% por ano, além de um aumento nas exportações de R$13,5 bilhões e um crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruno (PIB) do país. Para Roscoe, a bandeira é uma sinalização do setor elétrico da piora nas condições hidrológicas e aumento do consumo para os próximos meses. “No entanto, esse aumento poderia ser evitado caso não tivéssemos paralisado o investimento em hidrelétricas com reservatórios”, afirma. Para ele, o impacto previsto de 2,6% na tarifa desafia o desempenho do setor industrial.
O estudo da FIEMG aponta ainda que, ao longo dos últimos 40 anos, apesar do crescimento na geração de energia proveniente de fontes eólica e solar, o percentual de energia limpa gerada no Brasil tem diminuído. Na década de 1990, era de aproximadamente 97%, enquanto em 2022 caiu para 89%. Nesse período houve queda expressiva na participação das hidrelétricas, de 96% para 64%, e aumento da produção de energia não renovável, especialmente de termelétricas a gás, para compensar a intermitência das energias eólica e solar. A geração de energia eólica, por exemplo, chega a variar 73% ao longo do dia.
O estudo também mostra o impacto no meio ambiente. Entre os anos de 1995 e 2022, período em que se aumentou a participação das termoelétricas no país, as emissões diretas de CO2 provenientes da geração de energia elétrica foram ampliadas em 360%, comparadas com o período de 1970 a 1994.
Durante o período de 1970 a 2022, as usinas hidrelétricas responderam por 78% da produção total de energia elétrica, mas contribuíram apenas com 20% das emissões totais de gases de efeito estufa (GEE) do setor de energia elétrica. Em contrapartida, as termelétricas, que representaram apenas 18% da geração de energia elétrica, foram responsáveis por 79% das emissões de GEE no mesmo período.
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