Com toda a preocupação com a saúde diante da pandemia do novo coronavírus, o empresário também ligou o sinal de alerta com relação à situação econômica.
Os negócios estão sendo afetados de forma significativa conforme a doença avança e o tempo de isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) só aumenta.
De olho nesse problema, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Mato Grosso do Sul elencou algumas dicas que podem ajudar os empresários a amenizar os prejuízos neste período de crise. Confira abaixo cinco sugestões para esse momento.
1. Cortar gastos desnecessários
Na avaliação do instrutor dos cursos na área de Gestão do SENAI de Aparecida do Taboado, Carlos Alberto Fette, a principal área que o empresário deve observar é a vazão de recursos financeiros desnecessários e estanca-lo. “É importante não reprimir o fluxo da cadeia de suprimentos e esforçar para manter o máximo de empregos possível para que não haja um colapso na microeconomia, refletindo assim na macro”, afirmou.
2. Analisar o comportamento dos governos
Nesse caso, Carlos Alberto Fette, que é graduado em Administração, acredita que é importante utilizar duas lentes: uma para observar o comportamento dos governos internacionais e outra para o governo brasileiro.
“Em um mundo globalizado como o nosso, é importante estar atento ao que acontece em todo o mundo, por isso é fundamental prestar atenção aos posicionamentos dos governos no âmbito internacional e também o comportamento do comércio do petróleo e o avanço das tecnologias renováveis”, destacou.
Ele ainda aconselha a prestar atenção ao comportamento de países como China, Estados Unidos, Alemanha e África do Sul. “A forma como esses países estão atuando com relação à exportação, política e na difusão de novas tecnologias de produção com a Indústria 4.0 deverá influenciar muito o mercado interno brasileiro, bem como suas políticas e concessões”, ressaltou.
Já no cenário nacional, vale observar o comportamento do mercado interno. “Nesse caso, entram as respostas do Governo Federal e suas medidas para continuar aplicando ações a fim de diminuir o impacto da recessão por aplicações de leis e sanções, o posicionamento de flexibilização dos governadores e o apoio dos bancos e as principais linhas de créditos que estarão disponibilizadas para as pequenas, médias e grandes empresas, e buscar esses recursos”, acrescentou o instrutor do SENAI.
3. Ter um controle maior sobre produção e estoque
Para Fette, muitas empresas não costumavam ter um controle assertivo sobre suas médias de produção e demanda, o que deve mudar a partir de agora. “A necessidade de produções enxutas será ainda maior, porque as demandas para os produtos que já existiam antes da pandemia continuarão existindo, porém de forma mais reduzida, por isso é ainda mais importante que haja um controle para que o empresário não tenha grandes cursos com armazenagem de estoque”, explicou.
4. Testar novas fórmulas de negócios
O momento é de muita incerteza e ninguém consegue prever com certeza como será o futuro, por isso, em vez de ficar inerte apenas aguardando os comportamentos dos mercados, é possível experimentar novas fórmulas de negócios.
“Considero que esse momento pode ser um canteiro de novidades do comércio mundial. Novas necessidades estão surgindo e é necessário que as empresas se reinventem e tragam soluções para o novo contexto em que seus clientes estão inseridos. Esse é o momento de aplicar novas técnicas e ousar no mercado para ser o primeiro na mente do consumidor”, pontuou o instrutor.
5. Investir nas vendas online
A internet está com ainda mais força nesse período de pandemia, principalmente porque as pessoas estão ficando mais tempo em casa e com a locomoção mais reduzida devido ao isolamento social. “Nesse contexto, é importante pesquisar sobre Marketing 4.0 e aproveitar o momento para se atualizar sobre as novas possibilidades para cada negócio com as novas tecnologias. Quem se prepara primeiro, sai na frente”, disse.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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