O segundo dia de debates promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Dubai, discutiu diferentes soluções para a descarbonização da indústria.
Além de contribuir para a crise climática, as alternativas e tecnologias debatidas por especialistas também trazem oportunidades de emprego e renda, promovendo o crescimento econômico do país.
Fizemos uma lista com 5 destaques. تعال وانظر (Chega mais!)
1. Vamos falar sobre habilidades verdes?
Estimativas da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) apontam que a economia verde acrescentaria R$ 80 bilhões ao PIB brasileiro, aceleraria as exportações e criaria 1,3 milhão de postos de trabalho no país até 2030. O dado foi apresentado hoje à tarde, na COP28, no painel Greens skills para desenvolvimento sustentável.
O debate abordou os desafios e oportunidades relacionados ao desenvolvimento de habilidades verdes no contexto de transição para uma economia de baixo carbono, o papel dos diferentes atores institucionais envolvidos, e como essas novas habilidades podem impactar as estratégias de aprendizagem no futuro.
2. O bilionário mercado regulado de carbono
Esperada com grande expectativa pelo setor industrial brasileiro, a regulamentação do mercado de carbono foi outro tema em discussão. O painel promovido pela CNI discutiu a relevância da implementação desse mercado para a competitividade do país.
De acordo com estimativa da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil) e da WayCarbon, a regulamentação pode gerar receitas de até US$ 120 bilhões até 2030 e criar 8,5 milhões de empregos até 2050.
3. SAF: o combustível sustentável que vai abastecer seu avião a partir de 2027
Na aviação, a substituição do querosene por combustível sustentável (SAF, na sigla em inglês) pode reduzir as emissões de CO₂ em pelo menos 75%. A partir de 2027, o mundo será obrigado a produzir e utilizar o SAF em larga escala.
Produzido a partir da biomassa ou a partir da captura de carbono, essa é uma alternativa eficiente para a descarbonização dos transportes, outro tema de destaque promovido nas discussões da CNI na COP28.
4. O futuro é do hidrogênio de baixo carbono
O potencial do hidrogênio de baixo carbono como fonte de energia limpa, consenso entre especialistas, também entrou nos debates do dia da programação do estande da CNI na COP28. Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) estima que, globalmente, entre US$ 6 e 12 trilhões serão investidos no setor de hidrogênio verde (H2V) entre 2025 e 2050. Somente no Brasil, o H2V tem potencial para gerar entre 10 e 12 bilhões de dólares em receitas até 2040, estima levantamento da McKinsey.
Mapeamento lançado ontem (2) pelo SENAI Cimatec e o governo da Bahia identifica regiões preferenciais no estado para a implantação de hubs industriais voltados à produção de H2V. A análise foi desenvolvida com base em dados ambientais, sociais, econômicos, de infraestrutura e logística e disponibilidade de recursos hídricos e energia renovável (solar fotovoltaica e eólica).
5. Ah, é vídeo resumo da COP28 que você quer? Temos!
A Indústria na COP28
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai participar, de 30 de novembro a 12 de dezembro, da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Na Conferência, a indústria vai defender o avanço na implementação do mercado global de carbono, a definição da estratégia de descarbonização da economia e trabalhará na mobilização dos países para o financiamento climático – medidas consideradas necessárias pelo setor para o desenvolvimento da agenda climática.
Acompanhe a página especial com todos os conteúdos da indústria na COP28.
