Modernizar para avançar

De acordo com o vice-presidente da CNI Paulo Afonso Ferreira, a reforma trabalhista fará com que os brasileiros percebam resultados positivos, com mais empregos e desenvolvimento socioeconômico

Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente da CNI e presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI

Nestes últimos anos estávamos carentes de fatos que marcassem o Brasil positivamente. A aprovação e sanção da nova legislação trabalhista preencherá essa lacuna e será um novo marco na história do país, pois proporcionará avanço significativo no reconhecimento de instrumentos coletivos e na redução do quadro de conflito judicial.

Convivíamos com leis criadas há mais de 70 anos, que passaram por poucas mudanças. O Brasil é muito diferente de 7 décadas atrás. Somos o país com maior número de ações trabalhistas no mundo. Será que não havia algo errado em uma legislação que estimulava o conflito?

O Brasil dá um grande passo para se tornar mais competitivo e se inserir no contexto de trabalho do mercado internacional, adotando práticas que já são comuns em outros países.  Os brasileiros perceberão resultados positivos, com mais empregos e desenvolvimento socioeconômico. Lembrar-se-ão daqueles que deram a contribuição e agradecerão pelas conquistas obtidas.

Nossos parlamentares tiveram um papel importante e a eles rendemos nossos agradecimentos e congratulações pela sensibilidade e espírito público, pois não se intimidaram com mentiras,  pressões ideológicas e partidárias. A união entre deputados, senadores, entidades de classes e de trabalhadores contribuiu para que chegássemos a essa aprovação.

Todos os direitos conquistados ao longo dos anos (FGTS, férias, 13º, licença-maternidade, entre outros)  serão mantidos e o que foi aprovado proporcionará mais benefícios aos trabalhadores e trará mais segurança jurídica. Não haverá precarização, pois lei dará a possibilidade do trabalho ser efetivamente formal. Teremos regras claras, flexíveis e em sintonia com as novas formas de trabalhar, possibilitando maior liberdade para a negociação entre trabalhador e empregador.

Não é uma conquista corporativa, pois todos nós ganharemos: as empresas, os trabalhadores e a sociedade. Ou seja, ganha o país. É o início de muitas mudanças que o Brasil ainda precisa fazer, como: tributária, previdenciária, política e institucional. É por isso que acredito que essa ação está na direção certa, rumo à construção de um Brasil melhor: mais produtivo, competitivo, próspero e com um ambiente mais favorável para os negócios, com mais emprego e inclusão social.

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