Em busca de reformas

Em artigo publicado no jornal O Popular (GO), vice-presidente da CNI, Paulo Afonso Ferreira, avalia que o Congresso Nacional deve trabalhar de olho em ações que estimulem o crescimento, o desenvolvimento e o aumento da competitividade brasileira

Estamos iniciando mais uma legislatura, com nova composição no Congresso Nacional. O resultado das urnas mostrou que a população espera por mudanças e renovação na política.

A sociedade clama por maior segurança pública, geração de empregos, redução de impostos, eficiência e melhoria nos serviços.
Precisamos de ações que proporcionem crescimento, desenvolvimento e aumento da competitividade brasileira. Reformas estruturais, como tributária e previdenciária, são fundamentais para que o Brasil avance.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estruturou uma ferramenta chamada “Previdenciômetro”, que marca o quanto o país está deixando de economizar com a ausência da reforma previdenciária, com base na PEC 287/16.

Em nossas estimativas, a União deixa de economizar R$ 1,8 milhões por hora, ou R$ 6 bilhões desde julho de 2017. Este valor seria suficiente para construir 240 novos hospitais ou 95.204 novas moradias.

De acordo com projeções de nossa área econômica, a ausência de reformas levará o aumento do percentual das despesas da União, ocupado por gastos previdenciários, de 55% em 2017, para 82% em 2026. Um cenário como esse inviabiliza qualquer país.

Para que propostas sejam reconhecidas como legítimas e bem fundamentadas deve ser estimulado o diálogo com representantes dos diferentes setores da sociedade civil. Reconhecemos a importância do Congresso Nacional para definição de projetos e leis que definirão os rumos do Brasil.

O setor industrial, representado pela CNI, federações de indústrias e associações setoriais tem atuado de forma propositiva junto ao Congresso Nacional, por meio da Agenda Legislativa da Indústria, que em 2019 será lançada em sua 24ª edição. A Agenda é um instrumento de diálogo e tem sido muito bem recebida pelos parlamentares, pois transmite o sentimento do que a indústria espera de melhor para o Brasil e todos os brasileiros.

O momento é apropriado para apresentação das propostas, sendo importante o envolvimento, engajamento e união para haja avanço e dias melhores. É preciso deixar vaidades, conflitos de interesses, ideologias e partidarismos.

Estamos todos no mesmo barco, sendo importante torcermos e trabalharmos para que seja o início de um novo ciclo de crescimento, geração de emprego e renda, que as autoridades e poderes constituídos sejam exitosos e gerem resultados positivos para toda a sociedade.

Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente da CNI e presidente do Conselho de Assuntos Legislativos (CAL/CNI) 

O artigo foi publicado neste domingo (17) no jornal O Popular.

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