Política industrial terá injeção de R$ 106 bilhões nos próximos quatro anos

Anúncio foi feito pelo MDIC durante reunião que reativou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), realizada nesta quinta-feira (6)

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (6), na 17ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que o setor industrial brasileiro receberá R$ 106,16 bilhões nos próximos quatro anos como estímulo ao desenvolvimento em áreas consideradas estratégicas para o país.

O evento no Palácio do Planalto contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. O conselho é responsável pela elaboração da nova política industrial brasileira e retomou as reuniões após sete anos inativo.


Os recursos serão provenientes do BNDES, da Finep e da Embrapii — a maior parte são linhas de crédito ou financiamento, e também há fundos de apoio à inovação. Os recursos do BNDES (R$ 65,1 bilhões) serão destinados prioritariamente para financiar projetos de inovação e digitalização. Outra ação relevante, segundo o MDIC, será a facilitação de crédito para financiar a produção de bens nacionais voltados à exportação. 


Pela Finep (R$ 40,68 bilhões), os recursos serão destinados à pesquisa e desenvolvimento das empresas brasileiras para apoiar as diferentes etapas do ciclo de desenvolvimento científico e tecnológico. 

As diferentes instituições de fomento à inovação e ao desenvolvimento industrial atuarão de forma coordenada a partir das prioridades do governo definidas nas missões construídas pelo CNDI. Já a Embrapii destinará seus recursos para apoiar as instituições de pesquisa tecnológica, fomentando a inovação na indústria brasileira.

Para construir uma nova política industrial sustentável, inovadora e socialmente inclusiva, o CNDI vai se dedicar nos próximos meses às missões derivadas de problemas sociais e de desenvolvimento do país. São elas: segurança alimentar e nutricional; ampliação do acesso à saúde; infraestrutura, moradia, saneamento e mobilidade sustentáveis; tecnologias de interesse para soberania e a defesa nacionais; empresas competitivas em tecnologias digitais; e descarbonização da economia e ampliação de cadeias associadas à transição energética e à bioeconomia. 

Os membros do conselho são divididos em grupos de trabalho e vão dialogar com diferentes segmentos da indústria para identificar desafios e formular estratégias e ações para impulsionar a atividade industrial nessas áreas. 

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