Estamos empenhados em reduzir o Custo Brasil, diz Carlos da Costa

Durante reunião do Conselho de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico, secretário afirma que esse processo envolve redução da carga tributária e qualificação de mão de obra

Um passo nesse sentido foi o encaminhamento da proposta de reforma tributária

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse que uma das prioridades do governo no pós-pandemia é atacar o Custo Brasil. Além de um ajuste macroeconômico, o secretário afirmou que esse processo envolve a redução da carga tributária para o setor produtivo.

Ele destacou que um passo importante nesse sentido foi dado com o encaminhamento da proposta de reforma tributária, na segunda-feira (21), ao Congresso Nacional.

“Nós estamos empenhados em reduzir drasticamente o Custo Brasil. Vamos atacar isso de todas as formas. E importante é que o setor produtivo está empenhado nisso”, disse o secretário, durante reunião do Conselho de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico (Copin) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (22).

Na avaliação do secretário, é fundamental não apenas desonerar o custo de contratação de trabalhadores no Brasil, mas também qualificar a mão de obra no país, para que ela se torne mais produtiva. Outros pontos relevantes na agenda de redução do Custo Brasil são a melhoria dos marcos regulatórios, a fim de ampliar investimentos no Brasil, e a redução do spread bancário – a diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro e quanto ele cobra para emprestar.

O secretário citou ainda a melhoria do ambiente de negócios e a necessidade de se avançar em uma estratégia de inovação no Brasil. “Precisamos melhorar a inovação dentro das empresas”, afirmou.

Brasil já está tomando medidas com resultados efetivos, diz secretário

Carlos da Costa disse acreditar, ainda, que o Brasil terá uma retomada mais rápida no pós-pandemia porque, além de já estar em crescimento antes dessa crise, ele já vem tomando medidas com resultados efetivos. Entre elas ele citou a Medida Provisória 936, voltada a manter empregos durante a pandemia, a postergação do pagamento de impostos e as medidas voltadas para micro e pequenas empresas.

“Acho que conseguimos mitigar o impacto da crise na medida do possível. Caiu um cometa, um meteoro na terra. Teve impacto, mas acredito que vamos voltar muito rápido”, afirmou o secretário Carlos da Costa.

O presidente do Copin, Léo de Castro, afirmou que a política industrial no Brasil deve ter como meta colocar a indústria brasileira em um novo modelo, com foco no aumento da produtividade.

“Precisamos fazer isso de forma organizada e olhar para dentro de nossa economia. Precisamos olhar para o avanço da produtividade, para a inovação, para a adoção de tecnologias da Indústria 4.0 e para a agenda de internacionalização”, destacou o presidente do Copin.

Para o vice-presidente do Copin, José Ricardo Roriz Coelho, o Brasil tem tudo para avançar na política industrial nos próximos meses e ao longo de 2021. “A própria pandemia e o processo de retomada aceleram ainda mais a automação nas empresas e a elaboração de uma política industrial moderna”, disse.

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