As agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine), com a participação das Superintendências Regionais do Trabalho e órgãos governamentais parceiros, promovem, nesta sexta-feira, 25 de setembro, o “Dia D” - Dia Nacional de Contratação da Pessoa com Deficiência. O evento ocorre em todos os estados do país para reunir empresas que querem contratar pessoas com deficiência e trabalhadores em busca de uma colocação. O objetivo é facilitar o preenchimento de vagas destinadas a pessoas com deficiência nas empresas. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que realiza ações de formação para esses trabalhadores, participa do Dia D em algumas cidades.

De acordo com o Censo 2010, o Brasil tem cerca de 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Em comum, o fato de leis nacionais e tratados internacionais com força constitucional assegurarem o exercício pleno de seus direitos humanos e suas liberdades individuais, entre eles o acesso à formação para o trabalho. Como todos os profissionais, a qualificação, para eles, é também importante caminho para conquistar um emprego.

ADEQUAÇÃO - “O trabalho tem o papel de organizar relações sociais das pessoas com deficiência”, afirma a coordenadora do Programa SENAI de Ações Inclusivas, Adriana Barufaldi. Principal instituição de formação profissional para a indústria, o SENAI tem função importante na empregabilidade das pessoas com deficiência. Desde 1999, atua para qualificar trabalhadores com deficiências física, intelectual, auditiva, visual e apoiá-los na inserção no mercado de trabalho.

Adriana explica que o SENAI está preparado para receber esses alunos em qualquer tipo de curso. Ouça clicando aqui.

Apenas nos últimos dois anos, foram formadas pela instituição mais de 43 mil pessoas com deficiência, como é o caso de Rodrigo Biernaski, 19 anos. Técnico em eletrotécnica pelo SENAI de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba (PR), o jovem, com deficiência auditiva, utilizou sua própria experiência para desenvolver, com colegas de turma,o projeto de conclusão de curso: um sistema que avisa e orienta pessoas surdas em escolas e ambientes de trabalho com relação aos horários de entrada, saída e intervalos, e também emite alarmes visuais e sonoros em caso de incêndio. “Se não houvesse o programa do SENAI, as adaptações de conteúdo não seriam possíveis, não teria o intérprete e não conseguiríamos apoio para desenvolver o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)”, afirma Rodrigo.

As aulas do PSAI – em turmas inclusivas, das quais participam estudantes com deficiência e os outros alunos – contam com professores qualificados para lidar com diversos tipos de deficiência, além de material didático adequado à situação de cada estudante.

Quinze cursos de formação profissional já foram adaptados para pessoas com deficiências intelectual, física, auditiva ou visual. Entre eles, estão operador de microcomputador; mecânico de manutenção de motocicletas e de motores ciclo Otto, comum em carros de passeio; eletricista industrial e pedreiro de alvenaria.

Confira a programação do DIA D no site do Ministério do Trabalho e Emprego.