A minúscula cidade paulista de Nantes, a 530 quilômetros de São Paulo, com 2.707 habitantes, ganhará, em breve, 8.391 árvores nativas. Essa é a compensação pela emissão de gás carbônico (CO2) gerado pela realização da 7ª Olimpíada do Conhecimento, o maior torneio de educação profissional das Américas, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), no Anhembi, em São Paulo. O crescimento dessas espécies será monitorado ao longo de, pelo menos, dois anos, com visitas técnicas e levantamento fotográfico a cada seis meses.
O inventário realizado pela área de sustentabilidade do SENAI aponta que serão geradas 1.271 toneladas de CO2. Para se chegar a esse número, houve um amplo levantamento, no qual estão incluídos desde as viagens aéreas e terrestres dos competidores e trabalhadores da instituição, de seus respectivos estados até a cidade olímpica, o retorno, o uso de gás para a elaboração das refeições dos competidores, dos avaliadores e demais pessoas que trabalham no evento. De energia elétrica, por exemplo, serão consumidos seis mil KVA (quilovoltampere). Um KVA equivale a mil volts.
São 580 lixeiras seletivas distribuídas nos 76 mil metros quadrados da cidade olímpica instalada no Anhembi - 198 feitas a partir da reciclagem de tubos de creme dental. O material reciclável está sendo doado à cooperativa de catadores Vitória da Penha, que já trabalha, dentro do Anhembi no processamento de plásticos, papelão, metal etc. Os catadores ganham R$ 22,00 por quilo do papel prensado. O lixo orgânico será encaminhado a um aterro sanitário.
Marcos Thiesen, consultor ambiental do SENAI-PR, diz que houve um trabalho intenso para a olimpíada sustentável, que começou bem antes de sua realização, o que possibilitou um levantamento minucioso que permitiu chegar à estimativa do C02 que será gerado e a contrapartida do plantio de árvores.