A nova Eja do SESI teve uma grande procura por parte da comunidade em São Luís

Mais de 307 mil pessoas foram beneficiadas com serviços básicos gratuitos durante a 26ª Ação Global, mutirão de cidadania realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e a Globo, neste sábado (26), em 26 localidades do país. Ao todo, 565.653 atendimentos foram realizados nas áreas educacional, jurídica, de saúde, de beleza, entre outras. Aproximadamente 18 mil voluntários estiveram envolvidos na inciativa. Com o tema Educando para transformar, a Ação Global neste ano teve como foco a oferta de matrículas e a sensibilização de jovens e adultos para completar a educação básica. Como resultado, 2.012 pessoas se inscreveram para a educação de jovens e adultos oferecida pelo SESI em todo o país. 

“A educação é uma ferramenta de transformação e permite que pessoas sejam mais facilmente inseridas no mercado de trabalho”, destacou o diretor de Operações do SESI, Paulo Mól, que esteve presente na comunidade de Itapoã, no Distrito Federal. “Estamos trazendo para o Itapoã mais do que cidadania, mas possibilidade de mudança com educação”, disse o coordenador da Ação Global no Distrito Federal, William Vitorino.

A educadora social Iêda Maria da Costa, 52 anos, foi uma das pessoas que buscou informações sobre a educação de jovens e adultos do SESI na Ação Social em Itapoã. Ela deixou a escola no terceiro ano do ensino médio e quer concluir  a educação básica para ajudar os netos nos estudos. “A educação é essencial em nossas vidas e, pelo meu exemplo, poderei estimular que meus netos também peguem gosto por estudar”, disse.

Iêda Maria da Costa, 52 anos, foi uma das pessoas que buscou informações sobre a educação de jovens e adultos do SESI na Ação Social em Itapuã

Em São Luís (MA), o vigilante Carlos dos Santos, 29 anos, que havia parado no primeiro ano do ensino médio, aos 19 anos, resolveu fazer sua matrícula para completar os estudos. Seu grande sonho é fazer faculdade de Gastronomia. “Essa é uma ótima oportunidade de recuperar o tempo perdido longe da escola”, comemorou.

A aposentada Lurdimar Benedita Pereira, 69 anos, também está animada em poder concluir os estudos. “Cursei o ensino médio, antigo ginásio, mas não consegui terminar. Estou muito animada com essa oportunidade”, afirmou. Andreia dos Santos, 18 anos, que ainda não concluiu o ensino médio, também está ansiosa para voltar a estudar. “Vi que poderei concluir meus estudos em um ano e estou muito feliz por isso”, destacou.

No Rio de Janeiro, Quênio da Silva, 30 anos, que parou de estudar no segundo ano do ensino médio, se inscreveu no cadastro para futuras vagas da educação de jovens e adultos do SESI. “Sempre me faltou tempo para concluir os estudos, mas com esse sistema de aulas semipresenciais que o SESI oferece, será mais fácil estudar. E tenho certeza que, no fim das contas, isso irá me ajudar a conquistar um emprego melhor”, disse ele animado.

A cabeleireira Ana Flávia dos Santos, 27 anos, foi decidida a aprender a fazer um bom currículo na oficina oferecida pelo SESI

CURSOS – A cabeleireira Ana Flávia dos Santos, 27 anos, foi decidida a aprender a fazer um bom currículo na oficina oferecida pelo SESI na Ação Global no Distrito Federal. Desempregada há mais de um ano, ela acredita que o currículo, que pretende distribuir em salões de beleza, vai ajudar a abrir portas no mercado de trabalho. “Aprendi a colocar esse documento em um melhor formato, que chamará a atenção dos empregadores”, afirmou.

No Distrito Federal, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) também ofertou minicursos. As irmãs Aquina Evangelista, 20 anos, e Iquenni Evangelista, 16 anos, fizeram a oficina de Casadinho. Apaixonadas por confeitaria, as duas herdaram os talentos culinários da avó e sonham em ter o próprio negócio. “Depois desse momento, estamos decididas a nos inscrever para o curso de Confeitaria do SENAI”, contou Iquenni.

No Maranhão, a doméstica Maria de Jesus Oliveira, 47 anos, participou de uma oficina de laços de boutique oferecida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Gosto muito de artesanato e os laços que aprendi são fáceis de fazer e têm baixo custo. Quero aumentar minha renda com os conhecimentos adquiridos nesse curso”, relatou.

Aquina Evangelista fez a oficina de Casadinho promovida pelo SENAI

OUTROS SERVIÇOS – Além da oferta de serviços na área de educação, a Ação Global também realizou atendimentos em saúde, lazer e cidadania. No Distrito Federal, por exemplo, uma atração foi a manutenção de bicicletas realizada pelo SENAI. Veterana de Ação Global, a cozinheira Luzenilde Lopes, 38 anos, trouxe a família para diversos atendimentos no evento em Itapuã, com dentistas, oftalmologistas e até para a manutenção de bicicletas. “A bicicleta do meu filho estava parada há um ano. Há três anos estive na Ação Global para consertar as bicicletas da família”, relembrou.

Na capital maranhense, o casal Adriano Leonardo Ribeiro Lima, 42 anos, e Maria da Conceição Silva, 41 anos, aproveitaram para oficializar a união no casamento comunitário na Ação Global. Juntos há 13 anos, eles têm quatro filhos. “Agora, mais do que nunca, estamos valorizando nossa união”, disse Adriano.

No Rio de Janeiro, Maria Zuleide da Silva participou de ações no espaço de qualidade de vida do SESI. “Adorei todos os serviços. Peguei muitas dicas de alimentação saudável com nutricionistas, medi minha pressão e ainda ganhei uma incrível sessão de shiatsu”, contou.

AÇÃO GLOBAL – Desde 1991, o SESI e a Rede Globo promovem a Ação Global, evento que ocorre em um dia no ano em comunidades de baixa renda em todo o país. Nesse período, mais de 18 milhões de pessoas foram atendidas pela iniciativa.