Governo apresenta Plano Nacional de Plataformas do Conhecimento a empresários da MEI

Objetivo é estabelecer centros de excelência em pesquisa e financiar projetos de alto risco tecnológico de longo prazo

O ministro Clelio Campolina, a presidente Dilma Rousseff, o ministro Aloisio Mercadante e o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, durante reunião com a MEI

Em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira (25), a presidente Dilma Rousseff apresentou a 42 integrantes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) o Plano Nacional de Plataformas do Conhecimento (PNPC). O lançamento foi durante a reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

De acordo com o decreto, o objetivo é estabelecer centros de excelência em pesquisa e financiar projetos de alto risco tecnológico de longo prazo, além de fechar um conjunto de infraestrutura de pesquisa que receberá suporte para o desenvolvimento de projetos por até dez anos.

Dilma Rousseff destacou o trabalho estratégico da MEI ao longo dos últimos anos e disse que o novo programa contribuirá com mais investimentos. "Se a indústria não for forte, não conseguiremos evoluir em inovação. Este plano nacional vai integrar educação, ciência, tecnologia e inovação e impulsionar mais investimentos."

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, elogiou a iniciativa do novo plano e ressaltou que o setor privado tem feito sua parte. "A MEI é o principal espaço de diálogo da indústria com o governo, onde debatemos políticas públicas de apoio e estímulo a atividades inovativas. Trabalhamos para que inovação e a tecnologia sejam estratégias de crescimento por mais competitividade", afirmou Andrade. O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, também ressaltou a importância do plano para o país. Ouça clicando aqui.

A coordenação do programa ficará a cargo de seis ministérios: Casa Civil, Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Educação (MEC); Indústria e Comércio (MDIC); Planejamento; Orçamento e Gestão (MPOG) e Fazenda (MF). Segundo o titular do MCTI, Clelio Campolina, o programa deverá contemplar até 20 plataformas do conhecimento. "A sugestão é trabalharmos com três áreas: agricultura, saúde e energia, para depois expandir para outras. Nossa meta é fazer o Brasil entrar na corrida mundial pela liderança em ciência e tecnologia, por meio da solução de desafios nas mais amplas áreas de conhecimento", prospectou.

Adriana Machado, vice-presidente de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas da GE para a América Latina, comentou como o novo programa pode ser um aliado do empresário que quer inovar. "O maior benefício é privilegiar a integração entre público, privado e academia. A gente precisa desse trabalho em conjunto para melhorar o ecossistema de inovação no país", avaliou. Pensamento compartilhado pelo presidente da Altus, Ricardo Felizzola. Ouça clicando aqui.

Na mesma linha, o presidente da 3M do Brasil, José Varella, também reforçou a importância de unir esforços pela inovação. "Juntar essas frentes é juntar comprometimentos. Sou otimista e acredito que esse ambiente de colaboração seja útil para fazer do Brasil um país desenvolvido em inovação futuramente".

AGENDA – Durante a reunião, a MEI apresentou à presidente Dilma e aos ministros a nova agenda de trabalho pela inovação. Bernardo Gradin, presidente da GranBio, falou que o documento propõe um pacto privado-público para a solução de desafios. "Nossa agenda indica o que precisamos fazer com urgência. Por exemplo, precisamos da modernização dos cursos e formação de engenheiros, melhoria do marco legal e dos sistemas de financiamento, internacionalização de empresas e fortalecimento da propriedade intelectual e acesso à biodiversidade. São pontos que merecem extrema atenção", alertou Gradin.

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