Presidente da CNI diz que Congresso é decisivo para maior competitividade

Robson Braga de Andrade abre seminário sobre Agenda Legislativa da Indústria defendendo que Congresso avance em projetos contra a burocracia e a carga tributária

O Congresso Nacional tem papel decisivo na melhoria do ambiente de negócios e na eliminação dos entraves ao desenvolvimento do país. A afirmação foi feita pelo  presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, nesta terça-feira, 05 de fevereiro, ao abrir o seminário RedIndústria, que reúne técnicos e dirigentes das federações de indústria e de associações nacionais setoriais para elaborar a Agenda Legislativa da Indústria 2013. Destacou ser importante o Legislativo avançar em reformas que modernizem a legislação, atacando a burocracia e reduzindo a carga tributária.

Segundo Andrade, a economia mundial atravessa momentos difíceis e a indústria brasileira sofreu forte queda no ritmo de produção em 2012, mesmo estimulada com medidas como a desoneração da folha de pessoal e de tributos.  “Mesmo com todas as medidas, o país não conseguiu achar o caminho do crescimento”, disse. Para o presidente da CNI,  o Congresso Nacional contribuiria com a melhora da competitividade de todo setor produtivo se tirasse do papel os projetos apoiados pela indústria.

Lembrou que o Congresso aprovou, ano passado,  projetos incluídos na Agenda Legislativa da Indústria de 2012. “Temos uma parceria de altíssimo nível, mas precisamos transformar essa relação em benefícios reais para o Brasil”,  sublinhou. Propôs que o  Legislativo  vote  propostas de interesse do setor produtivo independentemente do aval do governo. “Dependemos cada vez mais do Congresso Nacional para corrigir as situações que prejudicam o setor produtivo”, concluiu Andrade.

CENÁRIO PROPÍCIO – Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, que abriu os debates do seminário com uma apresentação sobre a conjuntura política e econômica do país,  2013 é propício para que o Congresso Nacional discuta propostas importantes para o setor produtivo. Segundo ele, as chances de propostas polêmicas avançarem são maiores por não ser ano eleitoral. “É um ano favorável para a indústria negociar com o governo”, avaliou.

O presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI, Paulo Afonso Ferreira, defendeu uma maior aproximação do empresariado com o Legislativo. “Temos ouvido muito de parlamentares que gostariam de ver os empresários no Congresso defendendo as propostas de interesse da indústria”, relatou.

O RedIndústria reúne na CNI, até quarta-feira, 6 de fevereiro,  mais de 200 técnicos e dirigentes das 27 federações da indústria  e das associações nacionais setoriais de mais de 60 setores.  Eles vão eleger, entre mais de 600 projetos em tramitação no Congresso Nacional, uma centena de propostas de interesse do setor produtivo, que integrarão a 18ª Agenda Legislativa da Indústria, a ser lançada em abril.

A Agenda contem o posicionamento da indústria sobre os projetos,  se favorável ou contrário, e as sugestões de aperfeiçoamento, se for o caso. Participaram do seminário os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Wellington Dias (PT-PI) e os deputados Esperidião Amin (PP-SC) e Duarte Nogueira (PSDB-SP).

 

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