Conselho de Assuntos Legislativos da CNI defende urgência na aprovação da reforma da Previdência

Em sua reunião mensal, colegiado que acompanha os temas prioritários para a indústria no Congresso Nacional voltou a ressaltar a importância da medida para o reequilíbrio das contas públicas

O Conselho se reuniu na sede da CNI, em Brasília

A necessidade de se reformar a Previdência Social e o cenário para aprovação da proposta em discussão na Câmara dos Deputadosconcentrou as discussões entre representantes de empresas e entidades industriais, nesta terça-feira (5). Reunidos no Conselho de Assuntos de Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, os integrantes do colegiado relembraram da urgência em reestruturar o sistema nacional de aposentadorias para assegurar o equilíbrio das contas públicas e, no longo prazo, garantir o pagamento de benefícios aos jovens de hoje.

“A CNI, as federações da indústria e as associações setoriais têm esse projeto como fundamental. É preciso trabalhar os argumentos pela aprovação da reforma”, disse Paulo Afonso Ferreira, vice-presidente da CNI e presidente do Conselho de Assuntos Legislativos.

Ele lembrou que, embora o tema não impacte diretamente o setor produtivo, a reforma é essencial para colocar as contas públicas em ordem, criando condições para a redução estrutural das taxas de juros e, em última instância, mitigar o risco de aumento de impostos para cobrir o crescente combo no caixa da Previdência.

Convidado para o encontro, o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Darcísio Perondi (PMDB-RS), falou dos recentes esforços do governo para articular a votação da reforma na próxima semana. Segundo ele, há um intenso trabalho de convencimento em curso para demonstrar que, sem mudanças, como a definição de uma idade mínima para a aposentadoria e a equiparação dos regimes previdenciários entre os trabalhadores da iniciativa privada e o funcionalismo público, a Previdência caminha para o colapso.

Ele lembrou que a principal medida já aprovada para sanar as contas públicas da União, a emenda à Constituição que estabeleceu um teto para o crescimento dos gastos para os próximos 20 anos, aprovada no ano passado, pode se tornar pouco efetiva, sem a reforma da Previdência, que continuará a pressionar o equilíbrio fiscal no longo prazo. “A emenda do teto dos gastos não vive sem a reforma da Previdência, que é a principal fonte de gastos e que cresce em progressão geométrica”, ilustrou.

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