Empresárias turcas desembarcam no Brasil em busca de novos negócios

Com uma agenda movimentada, palestras sobre oportunidades de negócios e desfile de modas, as visitantes puderam se aproximar da indústria têxtil brasileira

Nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, um grupo de 32 empresárias da Turquia esteve na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília (DF). A missão empresarial participou de uma palestra sobre o cenário econômico brasileiro e oportunidades de negócios no Brasil.

Mas o que chamou a atenção das visitantes foi a moda brasileira, com suas cores, tecidos e acessórios. Elas acompanharam uma edição exclusiva do Capital Fashion Week , desfile de moda com estilistas do Distrito Federal organizado pela Agência de Promoção à Exportação (APEX-Brasil). Foi a senha para se aproximarem de empresários brasileiros.

Sócia da empresa de roupas e assessórios Egefer Terstil, Fatma Aydoğan disse que veio ao Brasil para procurar novos estilos e vai voltar para casa com pelo menos 15 parceiros. "Queremos comprar e vender para o Brasil, assim como já fazemos com a China, Índia e outros países", revelou.

A estilista brasileira Suzana Rodrigues, que produz jóias de materiais típicos do Cerrado e da Amazônia, destacou que o produto nacional é diferenciado e competitivo. "Temos matérias-primas únicas, capazes de conquistar o mercado estrangeiro com facilidade", revelou a empresária, que aproveitou o encontro para expandir negócios.

NEGÓCIOS - O comércio entre Brasil e Turquia é pequeno. Mas, segundo a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, há muito espaço para crescer. "Brasil e Turquia são líderes em suas regiões e precisam diversificar seus mercados", afirmou Messenberg.

A Turquia foi destino de apenas 0,6% das exportações brasileiras em 2012, contra 0,5% em 2011. Nesse mesmo período, o Brasil passou de 0,2% para 0,4% de participação no mercado turco.

"Apesar de o comércio ter aumentado, é preciso melhorar e muito nossa relação", disse aos empresários a diretora de Gestão e Planejamento da APEX-Brasil, Regina Silvério. Ela também anunciou que, ainda este mês, a agência vai divulgar um estudo completo sobre oportunidades de negócios com a Turquia.

A conselheira da Confederação de Empresários e Industriais da Turquia (Tuskon), Yüksel Işik Nalbant, lembrou que a ideia de juntar os dois países surgiu durante a visita da presidente Dilma Rousseff à Turquia, em outubro de 2011. E acrescentou: "o setor têxtil é o melhor caminho".

Relacionadas

Leia mais

CNI vai ao Supremo contra a incidência do ISS sobre insumos da indústria têxtil
Indústria têxtil e do vestuário de MS projeta crescimento de 3% para 2014
VÍDEO: Canal Futura mostra inovação que gera empregos na indústria têxtil

Comentários