Exportações de industrializados já registram aumento de 19,2% no ano

Nos dois primeiros meses de 2013, as vendas para o exterior somaram US$ 474,6 milhões contra US$ 398,2 milhões de janeiro a fevereiro de 2012

As receitas de exportações dos industrializados de Mato Grosso do Sul já apresentam crescimento de 19,2% no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Nos dois primeiros meses de 2013, as vendas para o exterior somaram US$ 474,6 milhões contra US$ 398,2 milhões de janeiro a fevereiro de 2012 graças aos grupos "Couros e Peles", com alta de 93,8%, e "Papel e Celulose", com crescimento de 68,5%, no período avaliado.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, com uma receita equivalente a US$ 237,7 milhões, fevereiro de 2013, registra o melhor resultado já alcançado para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul. "Comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 36 quebras de recorde nas receitas de exportação. O que equivale a dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 72% das vezes. No acumulado do ano, a participação das vendas externas de industrializados atingiram a marca de 70,4%", destacou.

Ele destaca ainda que o desempenho observado de janeiro a fevereiro de 2013 se deu sobre uma forte base de comparação, pois, em igual período nos anos de 2010, 2011 e 2012, as receitas totais da exportação de industrializados alcançaram US$ 208,2, US$ 327,6 e US$ 398,2 milhões, respectivamente. "Deste modo, é possível afirmar que, de 2010 a 2013, no intervalo considerado, a exportação de industrializados cresceu, em média, 22,9%", pontuou.

Grupos

Com relação aos grupos que mais apresentaram crescimento, o "Couros e Peles" destacou-se em função do expressivo aumento nos embarques de outros couros bovinos e bubalinos, não divididos e úmidos e de couros bovinos inteiros "wet blue". No período de janeiro e fevereiro de 2013, o volume total do grupo alcançou 6,6 mil toneladas, resultado 127% maior que o obtido em igual mês de 2012, quando o total não ultrapassou as 2,9 mil toneladas, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 11,8 milhões, tendo como principais compradores a China, a Itália e Hong Kong.

Já a expansão do grupo "Celulose e Papel" decorre do início da atividade de uma nova planta de celulose em Mato Grosso do Sul, que dobrou a capacidade nominal de produção do Estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições. Na primeira condição, observou-se que em igual período do ano passado, são 24 novos destinos para os produtos do grupo "Papel e Celulose", proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 11,7 milhões. Em relação à segunda condição, países como a Holanda, China, Itália e Coréia do Sul aumentaram suas compras.

O grupo "Complexo Carne" também contribuiu para o avanço da receita das exportações de produtos industrializados graças ao aumento dos valores obtidos com as vendas das carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, frango em carcaça e bexigas e estômagos de animais, exceto peixes que, somados, apresentaram um crescimento de US$ 28,3 milhões. Quanto aos compradores, destacaram-se Hong Kong, Venezuela, Japão, Chile, Israel e Alemanha, que geraram uma receita adicional total equivalente a US$ 29,9 milhões.

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