O medo do isolamento do Brasil uniu agricultura e indústria em defesa de uma política de comércio exterior mais agressiva e pela flexibilização do Mercosul. Esse foi o tom do terceiro painel do Encontro Nacional da Indústria (ENAI) 2013, nesta terça-feira (11), em Brasília (DF). Os participantes defenderam a negociação de acordos comerciais entre o Brasil e o mundo.
"Se quisermos acesso à tecnologia, temos que abrir o nosso mercado", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. A declaração de Barbato surpreendeu os empresários, já que o setor eletro-eletrônico era tradicionalmente contrário aos acordos comerciais.
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, lembrou que os acordos comerciais devem abranger são só barreiras tarifárias, mas as barreiras técnicas, sanitárias e fitosanitárias, como harmonização sanitária, regras de investimento, bitributação e propriedade intelectual.
MERCOSUL - O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, ganhou aplausos da plateia de empresários quando definiu a atual situação do Mercosul e defendeu que o Brasil deve escolher melhor seus parceiros.
“O Mercosul é a esquina no fim do mundo. Geograficamente estamos fora de qualquer rota normal. Quem tem pressa precisa escolher melhor seus parceiros”, destacou.