Empresários enviam carta a Joe Biden para facilitar comércio bilateral e reforçar OMC

Prioridade defendida é a isenção de vistos para empresários e turistas e também sua reciprocidade para os americanos

O empresariado brasileiro e americano decidiu aproveitar a visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, nessa quarta-feira (29), para reforçar temas prioritários da agenda bilateral. Joe Biden recebeu uma carta de duas páginas e uma série de pedidos. A prioridade é a isenção de vistos para empresários e turistas brasileiros e sua reciprocidade para os americanos.

O grupo solicita que a Casa Branca apoie, ainda este ano, o projeto piloto Global Entry, que permite a entrada em território americano de visitantes brasileiros, previamente inscritos no programa, sem passar pelas filas de imigração. Esse seria um primeiro passo até o fim da exigência de vistos para brasileiros. A carta foi assinada pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), que tem a Confederação Nacional da Indústria (CNI) como secretaria do lado brasileiro e a US Chamber of Commerce do lado americano, pelas Câmaras Americanas de Comércio de 12 estados brasileiros e pela Brazil Industries Coalition, a organização que representa o setor privado brasileiro em Washington.

Na carta, os empresários também pedem que o governo Obama se una ao de Dilma Rousseff para assegurar a aprovação de propostas substanciais na área da agricultura e da facilitação do comércio. A ideia é apoiar um pacote de medidas em negociação para a nona reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que ocorre em dezembro, em Bali, na Indonésia, e fortalecer a conferência.

Também na lista de pedidos está que o Congresso americano aprove a 2013 Farm Bill, a lei agrícola que reforma os programas de subsídios americanos para o campo. Essas mudanças são esperadas para por fim à disputa sobre os subsídios do algodão americano entre Brasil e Estados Unidos na OMC. Além disso, os empresários dizem buscar parcerias público-privadas para projetos na área de Tecnologia da Informação, aos moldes da Parceria da Aviação, que os dois países firmaram em 2012.

O dever de casa brasileiro, segundo os empresários, é a aprovação dos acordos de cooperação em defesa, troca de informações militares, transporte aéreo e uso do espaço para fins pacíficos pelo Congresso Nacional. Mas o documento reconhece o grande passo dado pelo Senado brasileiro na aprovação do Acordo para Intercâmbio de Informações Tributárias entre o Brasil e os Estados Unidos. A ausência desse intercâmbio de informações era considerada um importante obstáculo à assinatura de um amplo acordo para evitar a dupla tributação.

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