A FIEPE aderiu, no dia 15, ao Integra Brasil, movimento do setor produtivo para reduzir as desigualdades regionais do País. Entre as propostas do fórum estão encontrar soluções ao projeto do governo sobre a unificação do Imposto de Circulação de Bens, Mercadoria e Serviço (ICMS), em curto prazo, e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste para 70% da média do PIB nacional em 20 anos.
O movimento foi apresentado por comitiva de lideranças empresariais em reunião da FIEPE. Segundo o secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho, o projeto do governo Federal de unificar o ICMS em 4%, ainda este ano, poderá trazer impactos negativos às regiões menos desenvolvidas do Brasil. "Isso vai dilacerar a indústria do Norte, Nordeste e Centro-Oeste", afirmou. De acordo com ele, sem os incentivos fiscais, não compensará para as grandes empresas se instalarem nessas localidades devido aos altos custos logísticos.
Para o presidente da FIEPE, Jorge Côrte Real, "o fórum traz propostas pertinentes e a Federação acolhe o movimento, porque possui um firme compromisso com o desenvolvimento sustentável do País, especialmente, com as iniciativas que potencializem o Nordeste".
Como alternativa, o senador Armando Monteiro Neto, presente na reunião, propôs a adoção de um período transitório até unificar por completo o ICMS. "O modelo atual está esgotado, deve-se criar novos modelos que possam efetivamente promover o desenvolvimento das regiões menos favorecidas", disse.
Estiveram presentes ao encontro a presidente do Centro Industrial do Ceará, Nicolle Barbosa, o o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Carlos Prado, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Ceará, Ricardo Pereira, o consultor e economista Claúdio Ferreira Lima e a diretora da AD2M, Ana Maria Xavier representando o Integra Brasil. Por Pernambuco participaram, o secretário da Fazenda de Pernambuco, Paulo Câmara, a economista Tânia Bacelar, o diretor da TGI Consultoria e Gestão, Francisco Cunha, o vice-presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, o presidente do Sindilimpe, Felipe Coêlho, o diretor do Siquimpe, Carlos Abdenor entre outros empresários e lideranças sindicais.
