Internet das coisas é ferramenta para aumentar produtividade, diz diretor de Operações do SENAI

Gustavo Leal participou, nesta quinta-feira (8), de chamada para seleção de empresas interessadas em receber fomento para realização de testes com tecnologia da indústria 4.0

"A chamada responde à enorme necessidade que a indústria tem de incorporar as novas tecnologias de base digital" - Gustavo Leal

A internet das coisas é importante ferramenta para aumento de produtividade, avaliou, nesta quinta-feira (8), o diretor de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Gustavo Leal, durante lançamento de chamada para seleção de empresas interessadas em experimentar o uso da tecnologia da indústria 4.0. Serão investidos R$ 15 milhões para construção de ambientes de testes e execução de projetos.

“A chamada responde à enorme necessidade que a indústria tem de incorporar as novas tecnologias de base digital com foco, principalmente, no aumento de produtividade”, afirmou Leal, em evento na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Os recursos serão aportados pelo SENAI, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

“Estamos unindo esforços, recursos e conhecimento das instituições no fomento à inovação para aumentar a produtividade da indústria. Não podemos deixar o Brasil fora desta nova revolução industrial”, reforçou a chefe do departamento de Bens de Capital, Mobilidade e Defesa do BNDES, Claudia Prates, que também destacou a importância da educação para qualificar os profissionais que vão trabalhar com as novas tecnologias.

O diretor de Planejamento e Gestão da Embrapii, José Luiz Gordon, ressaltou que os testes tecnológicos (testbeds) são ambientes que reproduzem condições específicas de operação de cada empresa. “Esperamos criar um ambiente para que a indústria possa ver a relevância de entrar nessa agenda”, disse. “Cada empresa tem uma realidade distinta e o caminho para a manufatura 4.0 varia caso a caso. É importante ter testbeds, que são referência para ajudar o setor industrial a visualizar o que ele precisa e fazer alguns testes.”

As empresas ou consórcios interessados em participar da chamada devem buscar a rede de 26 Institutos SENAI de Inovação e apresentar seus desafios. A partir daí, os especialistas dos centros de P&D irão ajudar os empresários a construir um plano de inovação com a proposta detalhada de montagem e operação das experiências. Cada projeto terá financiamento mínimo de R$ 1 milhão, dos quais serão destinados recursos não-reembolsáveis que poderão chegar a 50% dos itens financiáveis. A contrapartida das empresas poderá ser por meio de outros instrumentos de crédito do BNDES ou de parceria com o SENAI.

Os recursos serão aplicados, por exemplo, em obras de infraestrutura de laboratórios, na compra de equipamentos nacionais, importados e de softwares, na remuneração da equipe, entre outras despesas necessárias para a realização dos projetos.  Participaram também do evento a gerente do departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços do BNDES, Ana Costa, o gerente-executivo de Inovação e Tecnologia do SENAI Nacional, Marcelo Prim, André Souza Oliveira, do SENAI CIMATEC, e André Pierre Mattei, do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados.

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