Mato Grosso do Sul foi um dos contemplados pelo Edital Senai-Sesi de Inovação 2012 com a empresa campo-grandense Wat Novos Caminhos, que está desenvolvendo o projeto Inversor Solar, que vai contribuir para reduzir o consumo de energia residencial e industrial. Com a proposta de fomentar as empresas e fornecer subsídios para que elas desenvolvam com êxito projetos de inovação, o Edital deste ano 2012 recebeu 7 inscrições do Estado e 295 em todo o País.

Segundo o diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, o Edital tem por finalidade estimular as empresas a buscarem processos inovadores e estimular a competitividade da indústria nacional. “Este projeto é inédito, possui um grau de inovação elevado e que vai fazer a diferença no mercado”, destacou.

O gerente de tecnologia e inovação do Senai, Dax Peres Goulart, informa que em janeiro o projeto começa a ser executado, o que envolve a fase de teste para, posteriormente, desenvolver o produto e, no prazo de dois anos, haver a finalização do material. Ele reforça que o Edital faz parte do Programa Senai de Gestão da Inovação, que tem por finalidade promover a melhoria do desempenho dos processos da área de tecnologia.

O projeto

Segundo o gestor de negócios da Wat Novos Caminhos, Michael Jullier Gama Alves, o produto consiste em um conversor, conhecido como inversor solar, que permite utilizar a energia solar de painéis fotovoltaicos diretamente na rede elétrica convencional. “Será possível utilizar esta energia gratuita para alimentar equipamentos, reduzindo a fatura de energia elétrica. Com a aprovação recente da Aneel para que as concessionárias regulamentem o fornecimento de energia renovável pelos consumidores de baixa tensão, será possível também receber créditos, quando o consumo de energia for menor do que a energia gerada”, explicou.

O sistema capta a luz solar através das placas fotovoltaicas, que são constituídas de silício, e transferem o calor para um módulo de inversão que transforma a energia contínua captada pelos painéis em energia alternada que fica armazenada em baterias. O produto será 100% de fabricação nacional e com características intermediárias aos importados, o que vai possibilitar aumento da abrangência no mercado doméstico de geração de energia solar.

O projeto aprovado está em consonância com a política de redução de até 28% no custo da energia elétrica divulgada recentemente pelo Governo Federal, que a partir de fevereiro de 2013, dependendo da faixa de consumo, o setor industrial terá a conta de energia 19% a 28% mais barata e os consumidores residenciais redução de 16,2%.