Fiems e Famasul iniciam estudos sobre logística na Região Centro-Oeste

O Projeto está previsto para ser concluído em abril de 2013 e conta com a união dos setores da indústria e agropecuária para propor medidas rápidas que solucionem um dos principais gargalos do Estado

O Projeto de Logística Centro-Oeste Competitivo, que trará um planejamento estratégico de infraestrutura de transporte e logística de cargas de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, será iniciado no próximo mês de novembro pela Macrologística Consultoria, contratada pela Fiems e Famasul com o apoio da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e CNA (Confederação Nacional da Agricultura). O anúncio foi feito pelos presidentes da Fiems, Sérgio Longen, e da Famasul, Eduardo Riedel, durante reunião nesta quarta-feira (19/09), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), com empresários.

Segundo Sérgio Longen, o Projeto está previsto para ser concluído em abril de 2013 e conta com a união dos setores da indústria e agropecuária para propor medidas rápidas que solucionem um dos principais gargalos do Estado: a falta de infraestrutura logística. “Ainda temos dificuldades em identificarmos ações proativas que vão ao encontro do nosso objetivo, que é de escoarmos toda e qualquer produção”, apontou. Ele acrescenta que nos próximos seis meses os primeiros resultados deste estudo serão apresentados para que, posteriormente, o Governo do Estado e o Governo Federal possam tomar as medidas mais viáveis.

“A intenção é que, até 2013, já tenhamos mapeado em todo o País as oportunidades de parcerias público-privadas (PPPs) na questão de logística de transporte”, destacou Sérgio Longen, referindo-se ao fato de a Macrologística Consultoria ter realizado trabalho semelhante nas regiões Norte, Nordeste e Sul. Um dos pontos mais importantes que permeiam o Projeto de Logística Centro-Oeste Competitivo é identificar e selecionar os sistemas de logística de menor custo para transformar o Centro-Oeste em uma região mais competitiva.

O estudo vai apresentar ainda dados e informações de diversas origens que serão avaliados os portos, as rodovias e as ferrovias dos Estados que integram o Centro-Oeste. Para o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, o diagnóstico proveniente do projeto é de extrema importância para que ambos setores possam discutir de forma técnica o assunto. “Vamos identificar todos os obstáculos que enfrentamos nesse quesito e, buscar os investimentos certos para que não corramos o risco de sofrer um apagão logístico. Afinal de contas, somente neste ano, serão transportados 12 milhões de toneladas de grãos pelo Estado e o setor precisa ser eficiente em infraestrutura logística para conseguir escoar toda a sua produção”, destacou.

O projeto

De acordo Olivier Roger Sylvain Girard, representante da Macrologística Consultoria, que tem 15 anos de experiência em consultoria de gestão com foco nas indústrias de infraestrutura e logística, o Projeto tem por finalidade integrar física e economicamente os Estados e envolvidos no estudo e as demais regiões do Brasil e países sul-americanos, bem como identificar e selecionar os sistemas de logística de menor custo, voltados para o mercado interno e externo, formados pela infraestrutura de transporte de cargas da Região abrangida pelo estudo e torná-los mais competitivos.

“Além disso, o Projeto proporciona a transformação dos Sistemas de Logística em Eixos Integrados de Desenvolvimento e medida que forem complementados com investimentos em energia, telecomunicação e capital humano, atraindo as atividades econômicas, gerando emprego e renda, fomentando a inserção da Região na economia mundial e, por fim, liderar o processo de reconstrução e melhoria da infraestrutura brasileira, com a participação da iniciativa privada”, detalhou Olivier Girard.

Para o diretor da Cruzeiro do Sul, Rodrigo Possari, quando se trata de exportações o Estado ainda está muito deficiente e corre o risco de sofrer grandes consequências econômicas. “No mercado de commodities, passamos por apuros, visto que não conseguimos escoar a produção como deveríamos, porém é preciso medidas enérgicas”, garantiu. Já o presidente da Egelte Engenharia, Egidio Vilani Comin, garante que os estudos serão essenciais para sua a empresa poder continuar a gerar obras e participar de concessões. “Todos estão engajados com esse propósito, em busca de um Estado crescente em desenvolvimento, já que todos serão beneficiados”, destacou.

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