Luis Carlos nasceu em Jaú (SP)
Ainda criança, o paulista Luis Carlos Sanches Machado Júnior, já mostrava interesse pela mecânica. “Eu era daqueles que desmontava tudo. Queria ver o que tinha dentro dos carrinhos de brinquedo. Arrumava um motorzinho qualquer e tentava fazer um carrinho elétrico.”, lembra. Aos 9 anos, Luis ficava, literalmente, em cima do pai quando ele ia fazer alguma manutenção no carro. O pai não tem formação na área, mesmo assim fazia ajustes no veículo da família.
Com tanto interesse pela área, ele logo soube dos cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Jaú . Conheceu o SENAI por meio de amigos que estudavam lá. Dentre as várias opções, decidiu fazer o curso de Mecânica de Automóveis. Mas tinha de estudar para passar no processo seletivo. Nessa época, ele fazia bicos numa fábrica de doces e aproveitava o tempo vago para se preparar para o teste no SENAI. “Na verdade, sempre tive muita vontade de mexer com a parte eletrônica. Acabei entrando na automotiva, que tem muita eletrônica também”, diz.
Em 2009, Vinicius foi aprovado e começou a fazer o curso de Aprendizagem Industrial em Mecânica de Automóveis. Em pouco tempo já era menor aprendiz em uma empresa de transporte coletivo de Jaú. Passava quatro horas na empresa todos os dias. No ano seguinte, entrava para o curso técnico em Manutenção Automotiva, no SENAI de Bauru.
MUDANÇAS - Para Vinicius, essa é uma profissão que evoluiu muito. “Antigamente, o mecânico só fazia a parte mecânica, o serviço de eletricista era com outro profissional. Hoje, na maioria das concessionárias, o profissional de mecânica faz tudo, passando pela parte elétrica até a hidráulica”, afirma.
Vinicius diz ainda que a área de mecânica sempre tem demanda por bons profissionais. “É fácil conseguir um emprego. É um mercado que avançou muito em tecnologia. O problema é que muita gente não acompanhou essa evolução. E aí eu digo que é preciso se atualizar sempre porque os carros estão cada vez mais modernos”, diz.
E nesse mercado, Vinicius considera que leva vantagem pela formação que recebeu do SENAI. “Sei fazer o serviço na minha área, mas o SENAI me ajudou muito além da questão técnica. Me ensinou ética profissional, a ser mais organizado em minhas atividades. Por isso eu me sinto mais bem preparado profissionalmente e também para a vida.
Para 2016, Vinicius tem planos de começar uma faculdade de engenharia mecânica. Na WorldSkills, na semana que vem, ele quer uma medalha no peito. “Estou treinando de 8 da manhã até às 9 da noite de segunda a sábado. Cada um tem um objetivo e, para alcançar o ouro na minha modalidade, preciso fazer esse esforço. Essa é a profissão da minha vida. Quero ficar em primeiro e a única coisa que eu quero é a medalha de ouro”, finaliza.
A WORLDSKILLS - O Brasil será representado por 56 jovens profissionais técnicos na 43ª edição da WorldSkills Competition, em São Paulo, de 11 a 16 de agosto. Essa é a maior delegação já reunida pelo país para a competição. Na WorldSkills, os 1.200 competidores, todos com menos de 22 anos de idade, de 62 países, disputam medalhas em 50 profissões da indústria e do setor de serviços. Ao longo de quatro dias de provas, eles precisam alcançar índices de excelência ao executar tarefas semelhantes às que realizariam em situações reais do dia a dia das indústrias ou no setor de serviços. Todos são avaliados pelas habilidades técnicas e pessoais.
SAIBA MAIS - Saiba tudo sobre a WorldSkills São Paulo 2015. Acesse o site do mundial. Para conhecer os outros competidores brasileiros, acesse o site da Olimpíada do Conhecimento/WorldSkills, do SENAI .
