Política fiscal deve ter papel mais ativo no combate à inflação, avalia CNI

CNI avalia que mesmo com a retração da inflação no acumulado em 12 meses, é preciso manter o alerta para o comportamento dos preços em 2014

O aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, definido nesta quarta-feira (9) pelo Comitê de Política Monetária  do Banco Central (Copom), está dentro das expectativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com a decisão, os juros básicos da economia sobem para 9,5% ao ano.

A CNI avalia que, mesmo com a retração da inflação no acumulado em 12 meses, a evolução dos preços exige um acompanhamento muito atento da política econômica. A  desaceleração atual dos preços tem características basicamente de curto prazo, sem sinais de manutenção duradoura. Por isso, é preciso manter o alerta para o comportamento dos preços em 2014.

Um fato relevante é a discrepância de tendência entre os preços monitorados e livres. Sem a contribuição dos monitorados, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dificilmente terminaria 2013 dentro do limite superior da meta de 6,5%. É importante ressaltar que esse expediente será bastante limitado em 2014, com a reversão das reduções praticadas em 2013.

Nesse sentido, é necessário que a política fiscal tenha um papel mais ativo no combate à inflação daqui para a frente. O maior controle dos gastos públicos reduzirá a necessidade de atuação da política monetária e imporá menores custos ao setor produtivo.

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