O Indicador de Custos Industriais caiu 1,2% no terceiro trimestre deste ano em relação ao segundo trimestre, descontados os efeitos sazonais. Foi a segunda queda consecutiva do indicador, que já havia recuado 0,7% no segundo trimestre, informa pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta sexta-feira (5).
O estudo mostra que, no mesmo período, os preços dos produtos manufaturados no mercado interno ficaram praticamente estáveis, com alta de apenas 0,1%, o que permitiu a recomposição das margens de lucro das empresas. Além disso, a indústria conseguiu recuperar a competitividade, pois, enquanto os custos caíram, os preços dos manufaturados importados subiram 1,4%, impulsionados pela desvalorização de 2% do real frente ao dólar. Os produtos brasileiros também ficaram mais competitivos no mercado internacional, pois os preços em reais dos manufaturados subiram 2% no mercado dos Estados Unidos.
O Indicador de Custos Industriais é formado por custos de produção, custo de capital de giro e custo tributário. A queda de 1,2% registrada de julho a agosto é resultado da redução de 5,7% nos custos tributários. O custo de produção, que inclui gastos com pessoal, energia elétrica e compras de bens intermediários, ficou praticamente estável, com leve alta de 0,1% e os custos de capital de giro aumentaram 2,2% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre.
Entre os componentes dos custos de produção, a energia elétrica teve alta de 2,7%, os gastos com pessoal subiram 2,2%, enquanto que os bens intermediários recuaram 0,7%.
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