Dos cerca de R$ 3 bilhões previstos pelo Comitê Organizador dos Jogos para investir na aquisição de suprimentos mais da metade, ou cerca de R$ 1,7 bilhão, ainda não foi contratada. Na tentativa de atrair as companhias locais, o Comitê fez diversas parcerias e uma delas foi um acordo de cooperação técnica com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para engajar as empresas brasileiras.
"Muitas companhias não se inscrevem porque acham que não têm porte ou capacidade produtiva suficiente para atender as demandas ou porque está fora do Rio, entre outros motivos. Mas é importante que saibam que essa demanda é nacional e a empresa pode oferecer a capacidade que tem disponível. Para muitos itens, é possível organizar pool de fornecedores", diz João Emílio Gonçalves, gerente-executivo de política industrial da CNI, que disponibiliza as informações em seu portal, com mais de 1,4 mil acessos de agosto até início de junho, sem contabilizar os que foram realizados via replicação nos sindicatos setoriais.
Conforme Gonçalvez, do total de contratações já realizadas pelo Comitê, em torno de 90% são de companhias brasileiras, ou 556 empresas. "É importante participar desse processo e a empresa contratada, que atendeu as exigências do Comitê, se capacita para ser uma fornecedora internacional, seja de evento ou outras demandas, o que pode multiplicar em várias vezes esse investimento de R$ 3 bilhões."
