A indústria brasileira deve ser a grande fornecedora de bens das Olimpíadas de 2016, o maior evento esportivo do mundo, sediado no Rio de Janeiro. Até o início da competição, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 comprará bens e contratará serviços que, juntos, somam cerca de R$ 3 bilhões. Só entre outubro de 2014 e janeiro de 2015, as oportunidades de negócios podem chegar a R$ 1 bilhão.

Apesar da magnitude do evento - os Jogos Olímpicos reúnem 10,5 mil atletas e, os Paralímpicos, mais de 4,3 mil - as chances de se tornar um fornecedor olímpico não se restringem aos grandes industriais. Empresas de micro, pequeno e médio porte também podem entrar no rol dos fornecedores olímpicos, desde que preencham os pré-requisitos exigidos pelo comitê, como certificações e selos de sustentabilidade.

Por isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Rio 2016 firmaram um acordo de cooperação técnica para incentivar a participação do setor produtivo brasileiro nas disputas das concorrências. Até o início do ano que vem, as oportunidades para a indústria se concentram nos ramos de móveis, metalmecânico, alimentação, gráfico e construção.

POTENCIAL DE COMPRAS - A ideia do acordo é, por meio de federações e sindicatos, mostrar as possibilidades de negócios aos empresários e esclarecer os caminhos que devem ser percorridos para entrar na concorrência. Todos os procedimentos - cadastro da empresa, envio de documentação, aviso de compras e participação na concorrência aberta - são feitos no Portal de Suprimentos Rio 2016.

O gerente executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, acredita que os benefícios da parceria vão além da competição. “Os Jogos Olímpicos são um evento de enorme potencial de compras. Embora aconteçam no Rio de Janeiro, representam uma oportunidade para a indústria de todo o Brasil. E as empresas que se tornarem fornecedoras desta edição se habilitarão para participar de outros eventos esportivos internacionais de grande porte”, avalia o gestor.