Associativismo industrial cresce em Mato Grosso

Número de empresas industriais sindicalizadas no estado chegou a 1543, contra 1190 em dezembro de 2012

Em 2013, a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), registrou aumento de cerca de 30% de empresas filiadas aos sindicatos patronais. Atualmente, 1543 empresas industriais são sindicalizadas, enquanto em dezembro de 2012 o número era de 1190 indústrias. Os dados são do Sistema Integrado de Gestão de Arrecadação (SIGA), uma ferramenta desenvolvida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para gerenciamento sindical.

De acordo com o presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan, o crescimento da base sindical contribui diretamente para o fortalecimento da indústria. “O Sistema Fiemt trabalha ativamente na defesa de condições favoráveis ao desenvolvimento do setor industrial no Estado. Quanto mais empresas se filiam, mais força o setor industrial possui e maior peso tem as revindicações que fazemos. Quando as empresas agem em conjunto atingem resultado mais rápido”, disse.

Para o presidente do Conselho de Desenvolvimento Sindical da Fiemt, Sérgio Antunes, as ações desenvolvidas ao longo de 2013 por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), promovido pela CNI, contribuíram para elevar o número de empresas sindicalizadas. Segundo ele, as linhas de atuação do PDA permitiram promover ações de aproximação entre sindicato e empresas, capacitar dirigentes e executivos de sindicatos e fortalecer o sistema de comunicação entre as indústrias e as associações.

“Quando uma empresa se associa a um sindicato, ela ganha representatividade e benefícios. E o número de indústrias associadas demonstra que estamos no caminho certo”, analisa Antunes. Para o próximo ano, ele garante que a ampliação do número de empresas filiadas compõe o planejamento estratégico da Fiemt. Para isso, serão oferecidas pelo PDA mais ações de aproximação entre os sindicatos e empresas e mais cursos para melhorar a gestão nas áreas tributária, trabalhista e meio ambiente.

O associativismo é defendido também por empresários de outros Estados brasileiros, como o empresário do setor têxtil e vice-presidente da Federação das Indústrias no Estado de Pernambuco (Fiepe), Oscar Freitas. Para ele, ter a melhor empresa e o melhor produto não garante que a empresa será competitiva. Por isso, afirma, é necessário defender um ambiente de negócio, formado pela infraestrutura, acesso ao crédito, tributação, relação de trabalho, inovação e comércio exterior, favorável às indústrias. “A defesa desses interesses se torna mais fácil por meio do associativismo”.

Para Freitas, a busca conjunta para solucionar problemas que prejudicam a competitividade das indústrias e desestimulam investimentos atingem resultados mais efetivos. “O associativismo é qualquer iniciativa formal ou informal, que reúne grupos de empresas ou pessoas, com o objetivo principal de superar dificuldades e gerar benefícios econômicos, sociais ou políticos. Os empresários podem fazer muito desde que saibam que a solução está em agir em conjunto. O associativismo atua para melhorar o ambiente de negócio”, afirma.

Mais vantagens do associativismo

As empresas industriais que se filiam ao Sistema Fiemt conseguem diversos benefícios, como assessoria jurídica e vantagens provenientes das ações judiciais movidas pelo sindicato, Sistema Fiemt e pela CNI. Os associados também se beneficiam das parcerias realizadas pelo Sistema FIEMT e sindicatos com entidades públicas e privadas estaduais e federais que geram projetos com benefícios diretos as empresas associadas, tais como incentivos fiscais, capacitação e projetos econômicos. Um exemplo é a dispensa da obrigatoriedade de recolher as taxas de serviços estaduais cobradas quando as empresas solicitam documentos ao Estado, como certidões ou documento fiscal.

O associado tem facilidade para participar ou ofertar aos colaboradores cursos de aperfeiçoamento, qualificação e aprendizagem industrial, cursos técnicos e serviços técnicos e tecnológicos em diversas áreas. Além de participar de programas de capacitação empresarial. O empresário do ramo alimentício, Valter de Oliveira Rodrigues, relata que se associou ao Sindicato da Indústria de Alimentação (Siamt) em maio. Desde então, já participou de três cursos oferecidos pelo PDA. “Em pouco tempo já me capacitei em assuntos estratégicos que ajudam a melhorar a gestão da minha empresa. Agregar estes conhecimentos nos torna mais competitivos”.

Convênios com descontos exclusivos em instituições de ensino e assistência médica e odontológica, acesso a programas de lazer, saúde, educação, segurança e pesquisas de mercado também são vantagens que as indústrias filiadas possuem. Além das ações voltadas a internacionalização das empresas e encaminhamento de estágio.

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