WorldSkills: Competidores aprendem a enfrentar estresse para melhorar desempenho

Delegação com os 41 representantes brasileiros encontra-se em período de concentração e preparação comportamental em Bragança Paulista (SP)

A maior parte deles ainda não se conhecia pessoalmente e o espírito de equipe não havia sido despertado. Faltavam os uniformes oficiais, um grito de guerra e a consciência de um compromisso importante: defender as cores do Brasil frente a outros países. O momento é de integração para o grupo de 41 competidores brasileiros do WorldSkills. Concentrada em Bragança Paulista (SP) desde segunda-feira (10), a equipe segue em fase de preparação comportamental até 14 de junho.

Trata-se de uma das últimas etapas do treino para as provas do maior torneio de educação profissional do mundo, que acontece de 2 a 7 de julho em Leipzig, na Alemanha. O objetivo aqui – de acordo com o team leader, Marcelo Mendonça – é fazer com que os competidores fiquem mais motivados e vivenciem situações semelhantes às da competição.

“Assim, desenvolvemos, junto com eles, estratégias para que melhorem o rendimento técnico durante as provas”, afirma. Entre as atividades do dia estão exercícios de alongamento, respiração e reflexão sobre como se comportar sob o estresse das provas.

No período de 4 a 6 de julho, eles terão de realizar tarefas das profissões industriais e do setor de serviços em que concorrem dentro de padrões internacionais de qualidade. O Brasil será representado em 37 ocupações, que vão desde robótica e tecnologia da informação até cozinha e tecnologia da moda. Estão confirmadas também participações nas modalidades em que o Brasil já tem tradição em medalhas, como mecatrônica e mecânica de refrigeração (veja a lista completa no site da Olimpíada do Conhecimento).

"Etapa ajuda competidores a ficarem motivados e vivenciarem situações semelhantes às da competição" - Marcelo Mendonça

INTEGRAÇÃO Última a entrar na equipe, a mineira Nagella Araújo, de 21 anos, acredita que a semana com todos juntos é importante para a integração com os demais colegas. “Agora vejo que não estou sozinha, que pertenço a um grupo de pessoas que têm a mesma responsabilidade. Agora é a nossa hora”, diz a jovem.

Rafael Wenderson Moraes Pereira, de 20 anos, tentará uma medalha em Soldagem, o que seria o segundo título para a família – em 2007, o irmão mais velho Max Wendell Morais Pereira trouxe para o Brasil um diploma de excelência na mesma ocupação. Para Rafael, não adiantar treinar a técnica e não se sair bem por conta de questões psicológicas. “É muito importante saber lidar com a ansiedade”, revela ele, que na próxima semana volta a Itumbiara, na divisa entre Goiás e Minas Gerais, para o término do treino.

A delegação, com competidores, experts e intérpretes, deixa o Brasil no dia 29 de junho. Até lá, eles dedicam os dias aos últimos ajustes no treinamento. O team leader Marcelo Mendonça vai aproveitar o período para, mesmo a distância, continuar a atividades de motivação. “Uma semana pode parecer pouco, mas já conseguimos aumentar a garra desses jovens”, avalia ele, que destaca ainda a importância do sentimento de patriotismo. “Isso ajuda a reforçar o objetivo de cada um na competição”.

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