Entidades avaliam que aumento da carga tributária impede crescimento do Brasil

Avaliação é da OAB, CNI, CNT, CNS e CNDL; país tem carga tributária das mais elevadas entre países com mesmo patamar de renda

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) , a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Confederação Nacional de Saúde (CNS) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avaliam que, ao elevar a pressão fiscal sobre os contribuintes - com a recriação da CPMF -, o governo está transferindo para a sociedade e o setor produtivo o custo do ajuste fiscal. O Brasil possui carga tributária das mais elevadas para países com a sua renda, que passa de 35% do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento dos tributos neste momento repete a fórmula de anticompetitividade e impeditiva do crescimento.

A CPMF é um tributo de má qualidade por ser pouco transparente e incidir de forma cumulativa na cadeia produtiva. A ausência de um programa fiscal estrutural, que enfrente as regras automáticas de expansão dos gastos, abre caminho para a fácil alternativa de se criar novos tributos. O corte de gastos apresentado pelo governo, além de insuficiente, é bem menor que as contribuições das receitas.

Para as entidades, novas contribuições estão sendo transferidas para a sociedade sem que se vislumbre um caminho de saída da atual crise. O Brasil precisa enfrentar a agenda de superação da crise com agenda estrutural que demonstre a intenção real do governo em equilibrar as contas públicas. O caminho não passa pela elevação da carga tributária.

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