CNI aprova acordo de investimento entre Brasil e México

Para a indústria brasileira, o acordo aumentará a segurança jurídica e fortalecerá o ambiente institucional para investimentos

Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera positivo o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) que a presidente Dilma Rousseff assina nesta terça-feira (26), com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, durante missão oficial à capital mexicana. Para a indústria brasileira, o acordo aumentará a segurança jurídica e fortalecerá o ambiente institucional para investimentos. “É uma ótima notícia o Brasil facilitar investimentos no México, que é um importante parceiro brasileiro. Os acordos são o melhor caminho para o Brasil atingir o mercado externo. Posteriormente, precisamos debater questões importantes, como o crédito para financiar investimentos e a bitributação”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 

A assinatura do acordo foi anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores nesta segunda-feira. O acordo cria regras para reduzir os riscos políticos dos investimentos bilaterais, além de aumentar o apoio governamental aos investidores. Na avaliação da CNI, investir fora do Brasil permite que as empresas acessem novos mercados, aumentem as exportações e a produtividade. Em março deste ano, o Brasil assinou os dois primeiros acordos de investimentos com Moçambique e Angola. 

O presidente da CNI também reforçou a necessidade do Brasil negociar a ampliação do acordo comercial com o México. Pesquisa feita pela entidade com 43 associações setoriais mostra que 87% têm interesse em retomar as negociações de ampliação do acordo de comércio, o Acordo de Complementação Econômica  53, vigente desde 2002. O atual acordo contempla cerca de 800 produtos, sendo que apenas 45% desses têm tarifa zero. A pauta de exportações brasileiras para o México, no entanto, é bem mais ampla. A CNI levantou que outros 4,8 mil produtos não são contemplados pelo acordo. 

“Queremos incluir mais produtos no acordo. A indústria brasileira tem capacidade de aumentar as exortações para o México. A visita da presidente Dilma é um passo importante para que a gente possa ampliar as negociações”, disse Andrade. O México é o quarto maior destino das exportações brasileiras de bens industriais. 

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SEMINÁRIO – A CNI realiza nesta terça-feira, na Cidade do México, seminário em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério das Relações Exteriores, o governo mexicano, e a representante da indústria mexicana, o Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior, Investimento e Tecnologia (COMCE). Com a participação de mais de 270 empresários, sendo 60 brasileiros, serão debatidas oportunidades de negócios e mecanismos de cooperação para facilitar o comércio entre os dois países. O encontro, que começa às 11h30 do México (13h30, horário de Brasília), será encerrado  pela presidente Dilma Rousseff e pelo presidente mexicano, às 19h (21h, horário de Brasília). 

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