Atuação da CNI em barreiras comerciais é reconhecida pela OMC e pela ICC

Iniciativa da confederação inclui a realização de nove roadshows, o lançamento de uma coalizão empresarial e a realização de curso online para 450 pessoas

Atuação da CNI é selecionada como um projeto Small Business Champions, que busca incentivar a inserção de pequenas e médias empresas no comércio internacional

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) será reconhecida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Câmara de Comércio Internacional (ICC) por um conjunto de iniciativas na área de barreiras comerciais. A atuação da CNI foi selecionada pelas duas instituições como um projeto Small Business Champions, que busca incentivar a participação de micro, pequenas e médias empresas no comércio internacional.

O projeto da OMC e do ICC oferece uma plataforma para organizações do setor privado proporem e executarem ideais inovadoras que encoragem os negócios dessas empresas no exterior. Ao longo de 2018, a CNI executou uma serie de ações propostas no âmbito do Projeto Pequenos negócios sem barreiras. Nesta terça-feira (18), o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, comunicou formalmente ao diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, que a confederação concluiu a implementação de seus projetos na área. A premiação será entregue oficialmente em 2019.

“É um reconhecimento de todo esforço e da relevância das ações que a CNI tem desenvolvido para promover a internacionalização das micro, pequenas e médias empresas. A atuação para derrubar barreiras enfrentadas pelos nossos produtos em mercados externos é de fundamental importância para ganharmos competitividade e acesso a mercados”, afirma o presidente da CNI.

O diretor-geral da OMC afirmou que, embora as pequenas e médias empresas sejam numerosas, não é natural que elas atuem no mercado internacional em função de uma série de custos que podem inviabilizar seus negócios. As grandes empresas, observou, possuem estrutura para para realizar estudos e saber as regras e as barreiras sanitárias e fitossanitárias existentes em outros países.

“Para as pequenas e médias empresas, isso não existe. Às vezes, simplesmente com informação, com dados simples e básicos, é possível viabilizar um negócio sustentável dessas empresas em vários destinos”, afirmou Azevêdo.

AÇÕES - Ao longo de 2018, a CNI promoveu nove roadshows nas federações das indústrias de todo o pais para capacitar empresas, sindicatos, associações setoriais e profissionais que operam no comércio internacional a respeito do tema barreiras comerciais e aos investimentos. Eles foram realizados nos estados do Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Em agosto, a CNI lançou a Coalizão Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB). De um lado, a coalizão ataca problemas internos do país, na agenda de facilitação de comércio. De outro, ela busca derrubar barreiras em outros países que prejudicam as exportações brasileiras.

MAPEAMENTO - Dentro da agenda de barreiras, a CNI entregou ainda uma outra iniciativa: o mapeamento de 30 barreiras enfretnadas por produtos brasileiros em outros países. Esses entraves prejudicam as vendas desde o pão de queijo até a carne bovina brasileira.

A CNI também concluiu em 2018 a pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras. O estudo foi realizado com quase 500 empresas para identificar as principais barreiras enfrentadas por micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Por último, a confederação realizou um curso online sobre barreiras comerciais e aos investidores com 450 participantes. “O reconhecimento da OMC e do ICC é uma motivação para continuarmos trabalhando nessa agenda”, afirma o presidente da CNI.

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