Veja como foi o Dia da Indústria direto da COP26, em Glasgow

Programação contou com a participação do presidente do Senado e especialistas para discutir energia limpa, mercado de carbono e economia circular

O Dia da Indústria (9/11) será celebrado com uma programação completa de debates sobre indústria e sustentabilidade direto da COP26, em Glasgow, e também no estúdio especialmente montado em Brasília para acompanhar as discussões sobre o futuro da agenda climática. Confira, ao vivo, a cobertura da agenda de Glasgow na Agência de Notícias da Indústria

07:01 - Começa o Dia da Indústria com a apresentação A Indústria Brasileira na Agenda de Desenvolvimento Sustentável: um ponto de inflexão, pelo superintendente de Inovação e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Jefferson de Oliveira.

07:33 - Jefferson de Oliveira destaca que estão abertas as inscrições para Chamada Pública – Missão Estratégica Hidrogênio Verde. O objetivo é impulsionar soluções em energia limpa, com foco na produção, armazenamento, distribuição e novas fontes, mas também em outras áreas que fazem parte da cadeia de hidrogênio verde, como mobilidade, indústrias e agricultura.

07:36 - Jefferson de Oliveira: "Estamos numa época de novos negócios sustentáveis, temos muitas tecnologias e laboratórios capacitados na área de biotecnologia, isso faz com que o conjunto de laboratórios modernos possam ser compartilhados."

07:41 - "Vamos investir em um sistema de bioeconomia no cerrado brasileiro, para desenvolvimento de novas tecnologias. Nosso objetivo é ter hubs de inovação, ligados aos institutos, para que possam receber pesquisadores do mundo inteiro que queiram fazer essa troca de experiências. Esses são os nossos dois maiores objetivos: a chamada de inovação em aberto para fomento do hidrogênio verde e a construção de Distritos Internacionais de Inovação para a Biodiversidade.", afirma o superintendente de Inovação do SENAI. 

07:48 - Em instantes, acontecerá a abertura oficial do Dia da Indústria, com a participação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG); o ministro de Meio Ambiente, Joaquim Leite; e o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL/AM). 

08:16 - Robson Braga de Andrade, presidente da CNI: "Estamos diante de um dos maiores desafios da humanidade. E, por isso, os compromissos negociados na COP precisam avançar no sentido de criarmos um mercado global de carbono. Devemos estabelecer metas mais ambiciosas de reducação de emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global. O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a anunciar metas ambiciosas de redução de emissões." 

08:22 - "A próxima década será crucial para o mundo. As transformações podem abrir oportunidades extraordinárias para o Brasil, que, com suas vocações naturais, tem condições de liderar a transição para a economia de baixo carbono. 85% da nossa matriz energética é limpa, temos a maior reserva de água doce do planeta, 20% da biodiversidade do mundo e 60% do nosso território coberto por florestas" 

08:25 - "No Brasil, a CNI lidera a agenda de economia de baixo carbono no setor industrial. A implantação dos compromissos climáticos deve ser feita de maneira transparente e com a contribuição ampla dos empresários. Uma das nossas contribuições foi a identificação dos quatros eixos para a descarbonização da economia: a transição energética, o mercado de carbono, a economia circular e conservação das florestas."

08:28 - "Por isso, esperamos que as negociações aqui em Glasgow tenham resultados efeitvos e alcancem um acordo abrangente sobre as iniciativas necessárias para a superação das mudanças climáticas. Com o trabalho conjunto de empresários, governos e sociedade, estou certo que poderemos alcançar a neutralidade de carbono em 2050, construindo um mundo mais sustentável e com justiça social", afirma o presidente da CNI. 

08:30 - Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara: "A presença do governo brasileiro reafirmando os compromissos  de desmatamento zero até 2028 e neutralidade climática até 2050 é muito simbólica e simboliza o esforço do Brasil para esse equilíbrio climático para que possamos garantir um planeta habitável para as próximas gerações."

08:37 - "É preciso também reconhecer o protagonismo da indústria nessa discussão. Entendeu que a questão de regular o mercado de carbono não se trata de aumentar o Custo Brasil, mas simboliza o compromisso com o equilíbrio climático do planeta e pode gerar uma grande oportunidade de negócios para muitos setores da nossa economia."  

08:38 - "Chegamos ao texto possível com o PL 528, com a ajuda da CNI, que regula o mercado de carbono no Brasil. COnseguimos a clareza da separação do mercado regulado e do mercado livre, para que a gente não puna quem sem adiantou para neutralizar as suas emissões. Tenho a convição de que o mecanismo de Cap and Trade é o mais adequado. Afasta qualquer possibilidade de taxação e estabelece que quem emite mais tem que comprar créditos e quem emite menos pode vender. Precisamos ser capazes de monetizar os nossos ativos florestais. A floresta amazônica tem uma enorme capacidade de sequestrar carbono e temos de atuar para acabar com a falsa noção de que a floresta só gera riqueza se for derrubada para virar pecuária e pasto. Temos áreas com vocação para isso e certamente a Amazônia não tem essa vocação, mas uma vocação de economia verde"

Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara, fala sobre a regulamentação do mercado de carbono no Brasil

08:45 - Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite: "Nessa primeira semana, o Brasil conseguiu fazer negociações importantes, principalmente em relação a financiamento para o clima. A solução para a economia verde é o incentivo, o empreendedorismo, é o juro verde. O Brasil tem regiões muito diferentes e algumas precisam de mais apoio para fazer a transição do combustível fóssil para a matriz sustentável"  

08:51 - "Nós do governo federal desenhamos as bases do programa de crescimento verde. Temos de gerar emprego e renda para quem preserva a floresta nativa. o desafio global é uma transição responsável para a neutralidade de carbono. Precisamos de mais recursos do que os US$ 100 bi por ano. Nós, governo, temos de trazer a estrutura para que isso aconteça." 

08:54 - Rodrigo Pacheco, presidente do Senado: "Há evidentemente uma compreensão de que há uma consciência da sociedade em relação a clima e meio ambiente, diferentemente do que tínhamos anos atrás. Antes de governo, indústria e sociedade, eu quero reconhecer que a imprensa já tinha amadurecido sobre isso há mais tempo. Há uma clareza de que além de discurso de responsabilidade ambiental, para conter o aquecimento global, hoje compreendemos que esse debate é para preservar o planeta, o meio ambiente, e, no limite, as nossas economias"

08:58 - "E o Brasil? O Brasil tem de conciliar a presevação com as atividades industriais e agropecuária. E temos muitas iniciativas em energias renováveis. Mas convenhamos que temos de fazer uma mea culpa e reconhecer os nossos erros. Temos um problema grave no Brasil de desmatamento ilegal das nossas florestas. Isso impacta naquilo que temos de responsabilidade ambiental. Apesar de, no cômputo geral, nossas emissões de poluentes representarem 3%, mas não é o principal problema. Isso faz com que tenhamos uma crise de imagem junto aos outros países. Reconhecer isso é fundamental. O desmatamento ilegal deve nos impor o diagnóstico da realidade, reconhecer para o mundo que temos esse problema e que estamos na rota de uma solução. No Legislativo, temos iniciativas e já concretizadas, como o projeto de Serviços Ambientais, que é um dos melhores caminhos para conter o desmatamento. Temos o projeto que antecipa o cumprimento da meta de redução de emissões para 2025 e o projeto da Comissão de Meio Ambiente que altera o Plano Nacional de Mudanças Climáticas para adequá-lo ao Acordo de Paris." 

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fala das ações do Legislativo para a conteção das mudanças climáticas

09:14 - "É importante contextualizar essa questão do financiamento global, dos US$ 100 bilhões. Isso não é altruísmo, isso tem uma lógica de que esses países desenvolvidos se industrializaram há mais tempo, mas em algum momento cuidaram dos seus intereresses comerciais de forma legítima, mas agora chegamos a um ponto de que chegamos ao consenso da necessidade do desenvolvimento sustentável, todos os paises têm responsabilidades sobre cada lugar do mundo onde há florestas nativas. É preciso da contribuição de países desenvolvidos que se valeram do proveito das atividades econômicas a custa do meio ambiente. Agora, deve haver uma compensação com os países em desenvolvimento"

09:16 - "Para terminar, temos legislações avançadas para conter o desmatamento ilegal, mas além dos mecanismos de fiscalização e combate ao crime, é preciso haver a consciência de prevenção, de educação ambiental. As comunidades que estão na floresta estarem estimuladas a trabalhar em conjunto com as autoridades para preservar o local e isso acontece com dinheiro, com financiamento. Mesmo porque, muitas comunidades têm problemas de fome, de injustiça social, de subsistência. Para isso é preciso ter vontade política, unidade e diálogo permanente. A tecnologia, a pesquisa e a ciência nos darão as ferramentas para resolver esses problemas e teremos uma experiência bem sucedida de combate ao desmatamento ilegal" 

9:20 - O presidente do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, apresenta o funcionamento da instituicão, que tem o objetivo de conectar empreendedores, investidores e pesquisadores para o desenvolvimento sustentável  da Região Amazônica. Conheça mais na reportagem de apresentação.

Marcelo Thomé fala sobre o escopo de atuação do Instituto Amazônia+21

09:33 - O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, começa agora a apresentação sobre a estratégia de baixo carbono desenhada pela CNI. 

09:40 - A estratégia busca aumentar a porcentagem de energia renovável e biocombustíveis na matriz energética, mantendo os investimentos em energia renovável, fortalecendo o programa de biocombustíveis e políticas e investimentos em novas energias, como hidrogênio e vento offshore e tecnologias de baixo carbono (por exemplo, captura e armazenamento de carbono) para a transição de energia.

09:41 - Aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira por meio da promoção e valorização de práticas alinhadas ao conceito de Economia Circular, contribuindo para a redução das emissões de GEE. Aumentar a porcentagem de energia renovável e biocombustíveis na matriz energética, mantendo os investimentos em energia renovável, fortalecendo o programa de biocombustíveis e políticas e investimentos em novas energias, como hidrogênio e vento offshore e tecnologias de baixo carbono (por exemplo, captura e armazenamento de carbono) para a transição de energia.

09:41 - Bontempo acrescentou que a estratégia inclui ampliar a eficácia das ações governamentais de combate à extração ilegal de madeira e incêndios na Amazônia Legal, combinando a liderança brasileira em tecnologias de sensoriamento remoto com ações de comando e controle, com base em dados científicos e inteligência, e incluindo a coordenação e integração das ações do Governos Federal, Estadual e Municipal. Segundo ele, o país também precisa criar e implementar um mercado regulado de carbono, na forma de um sistema de comércio de emissões, sob a lógica de Cap and Trade, para contribuir com as metas estabelecidas pelo Brasil no Acordo de Paris.

A primeira parte da agenda do Dia da Indústria em Glasgow foi concluída. Os debates serão retomado às 10h40 (horário de Brasília). 

Começa agora o painel Indústria e Natureza, com a moderação de Marcelo Thomé, presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, cujo tema é “O setor de florestas plantadas como parte da solução climática”. Participam Mariana Lisboa, líder global de assuntos corporativos da Suzano,  Vivian Mac Knight, gerente de Mudanças Climáticas e Tecnologia Ambiental da Vale, Diego Stone de Souza Aires, CEO da Krilltech, e Julio Romano Meneghini, diretor científico do Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCG2I) da Universidade de São Paulo.

A moderação desse painel será de Marcelo Thomé, presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI

10:45 - Marcelo Thomé, presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI: O Brasil possui uma grande cobertura florestal, ficando atras da Rússia. Transformar essas vantagens exige conhecimento e estratégia. A indústria pode ter um papel fundamental nesse processo. O Brasil possui recursos naturais e a missão para os próximos anos é o aumento da biodiversidade brasileira.

As experiências apresentadas a seguir pelas empresas Suzano e Krilltech trazem algumas possibilidades e demonstram como indústria pode ter um papel fundamental na exploração dessas oportunidades. Quero caminhar aqui três questões: Poderia listar para nós o que motivou empresa e empreender este tipo de solução? Quais os objetivos que a empresa esperava? Quais os resultados ambientais econômicos e sociais que podemos destacar na implementação e os resultados dessa iniciativa?

10: 48 - Mariana Lisboa, líder global de assuntos corporativos da Suzano, explicou que a empresa tem um grande compromisso com a sustentabilidade. Foram removidas da atmosfera 15 mil de toneladas de CO2 e foi estipulada uma nova meta de mais redução de CO2 da atmosfera para remover 40 mil toneladas.

10:55 - "O nosso compromisso é com o planeta e a Suzano entende também que o desafio mundial é maior e transcende a questão estritamente ambiental. Por isso, temos também um compromisso social com as comunidades do nosso em torno, de modo que temos também uma meta estabelecida para tirar da linha de pobreza cerca de 200 mil pessoas", declarou Mariana.

10:58 - A Suzano tem compromissos assumidos e que faz parte também da sua contribuição para a solução dos desafios mundiais. Além disso, a empresa está em busca constante de produtos extraídos madeira, encontrando soluções que venham substituir o plástico. O futuro e papel da Suzano e a sua contribuição hoje para o planeta.

11:00 - Vivian Mac Knight, gerente de Mudanças Climáticas e Tecnologia Ambiental da Vale, mostrou que a empresa a empresa já adota uma política ambiental há anos, mas foi a partir de 2019 que teve um grande salto em dar transparência aos compromissos assumidos para mudanças climáticas.

11:05 - "Nosso primeiro pilar é a redução de gases pelas mineradoras. Quando a gente olha as emissões totais da Vale a gente tem 98% das emissões alocadas na cadeia de valor. Por causa dos clientes a gente se comprometeu a reduzir as emissões na cadeia de valor", declarou Vivian. Ela citou o caso de Carajás, que tem sua matriz elétrica altamente renovável, resultado de muito investimento dedicado as fontes renováveis. A Vale também tem compromisso com a proteção florestal. Hoje a área protegida é de 1.000 hectares só na Amazônia são mais 800 mil hectares.

11:15 - Diego Stone de Souza Aires, CEO da Krilltech, fez uma apresentação sobre aplicações da biotecnologia para reparar terras degradadas na Amazônia, uma esperança florestal.

11:20 - "Estamos há mais de sete anos desenvolvendo pesquisas em sustentabilidade e novas tecnologias. A Krilltech desenvolveu uma espécie de “fertilizante” que não agride o meio ambiente e tem uma função de regular a planta, rendendo mais frutos, sementes menos tóxicas. Uma tecnologia mais avançada no mundo e foi desenvolvida no Brasil. A empresa foi reconhecida com um prêmio em Lisboa", declarou Diego.

11:25 - Diego acrescentou que a Krilltech possui mais 25 diferentes tecnologias voltadas para a agricultura com aumentos significativos. A empresa fechou diversas parcerias com pequenos agricultores em Goiás, Bahia, Rondônia, além de desenvolver um trabalho na Amazônia de revitalização.

11:30 -  Julio Romano Meneghini, diretor científico do Research Centre for Greenhouse GasInnovation (RCG2I) da Universidade de São Paulo, falou sobre o Centro de Gases de Efeito Estufa, um dos maiores da Universidade de São Paulo. Ele desenvolve alguns trabalhos como redução de gases do efeito estufa. Há, ainda, a parceria da academia, indústria e governo juntos nesse fomento. "Nosso cento é encontrar novas tecnologias que vamos nos tornar neutros até 2050", declarou.

11:35 - "Temos dois grandes objetivos sustentáveis: rotas para encontrar neutralidades de gases de efeito estufas com algumas tecnologias consolidadas e outras em andamento. O Brasil tem um potencial. Temos cinco programas de soluções para natureza", declarou. Entre eles, está o desenvolvimento de hidrogel, que ainda é um desafio no país. Outro ponto importante citado é que o Brasil é um grande produtor de etanol que gera em média 100 milhões de CO2 puro, o que é usado para produção de novos produtos. Esse é o etanol da terceira geração.

Começa agora o painel Economia Circular, com a moderação de Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI. Participam Jorge Juan Soto Delgado, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, apresentando a economia circular de carbono Neutro,  Zita Simone Oliveira Krammer, gerente de Sustentabilidade da Unilever, apresentando a economia circular do plástico, o diretor executivo do Senai CETIQT, Sergio Luiz Souza Motta, com a sustentabilidade e economia Circular para a indústria têxtil e de confecção e o diretor da CNI e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso, Gustavo Pinto Coelho de Oliveira, apresentado a reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas.

Este painel terá a moderação de Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI

11:37 - Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI abriu o painel mostrando que a indústria brasileira já adota práticas para melhor aproveitamento dos recursos naturais existentes. Produção mais limpa avaliação, avaliação ciclo de vida, simbiose industrial, logística reversa e design enviroment são algumas ferramentas que colaboram para uma economia circular. "Entendemos que é parte do ciclo evolutivo e hoje também um dos pilares considerados estratégicos na consolidação da economia de baixo carbono", declarou.

11:40 - Mônica acrescentou que em 2019 a CNI identificou, por meio de pesquisa inédita, que 77% das indústrias brasileiras já desenvolvem alguma prática sustentável voltada para economia circular. São iniciativas que envolvem otimização de processos, o uso de insumos circulares e a recuperação de recursos e com isso já contribuem para redução da emissão de gases de efeito estufa.

11:45 - Jorge Juan Soto Delgado, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem fez uma apresentação sobre a economia circular de carbono.

11:50 - "Em 2009 iniciamos um compromisso muito firme com questão da mudança climática. De lá para cá entregamos a maioria dos compromissos que assumimos. 85% foram entregues, entre eles os relativos à mudança climática", declarou Jorge. A Braskem já está começando a atuar na reciclagem mecânica e química que consegue trazer de volta para o ciclo de produção os recursos que visam melhorar a eficiência e ao mesmo tempo reduzir gases de efeito estufa. O primeiro passo foi dado com os biopolímeros, que são os produtos de origem renovável que capturam co2 da atmosfera e come eles temos uma solução concreta do Brasil sendo exportada para mais de 30 países.

11:55 - Zita Simone Oliveira Krammer, gerente de Sustentabilidade da Unilever, fez uma apresentação sobre a economia circular do plástico. Segundo ela, a Unilever estabeleceu metas com relação impacto do plástico até 2025: "Precisamos coletar mais plástico do que colocamos no meio ambiente. Acreditamos que 100% das embalagens devem ser recicláveis, retornáveis ou compostáveis, além de reduzir o uso da resina virgem pela metade", declarou.

Sergio Luiz Souza Motta, diretor-executivo do Senai CETIQT

12:00 - Sergio Luiz Souza Motta, diretor executivo do Senai CETIQT, apresentou cases sobre sustentabilidade e economia circular para a indústria têxtil e de confecção. "O setor têxtil tem importância significativa para economia brasileira. Toda cadeia de produção fica no território nacional e com isso é mais fácil implementar e desenvolver projetos de sustentabilidade e economia circular, porque se pode aproveitar os resíduos de uma etapa de produção em outra etapa", declarou.

12:10 - Gustavo Pinto Coelho de Oliveira, diretor da CNI e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso mostrou como é feita a reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas. "O desenho bem feito de uma economia circular gera muitas oportunidades para que pequenas e médias empresas também possam fazer seu papel nesse encardimento tão importante", declarou.

12:25 - Encerrando o painel, Mônica Messenberg  ressaltou que além da questão jurídica, é importante pensar na questão tributária em relação à reciclagem e reaproveitamento. "O reúso, sabemos que acaba sendo muito oneroso e isso acaba impactando de forma significativa novos investimentos. É importante a gente tratar de forma mais estratégica", declarou.

Começa agora o painel Transição Energética, com a moderação de Davi Bomtempo, gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI. Participam Roberto Véras, diretor da ComBio Energia S.A, falando sobre a transição de matriz energética em indústrias; e Elbia Gannoum, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, falando sobre ronteiras Energéticas do Brasil.

Davi Bomtempo, gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, modera esse painel

12:35 - Roberto Véras, diretor da ComBio Energia S.A., declarou que os setores precisam adaptar o uso de combustível e a biomassa é uma alternativa. Essa transição tem sido usada pelo ComBio como parte do compromisso evitar os impactos no meio ambiente. "Com a produção de caldeiras nosso modelo permite essa transição energética além de redução, geração de emprego e carbono zero", declarou. A biomassa no contexto da ComBio, segundo ele, são também usadas de outras formas como pau de cerra, em Barcarena, no Pará, e o caroço de açaí que era jogado na rua e nos últimos seis anos vem abastecendo uma caldeira energética no bioma amazônico. "Nosso foco é desenvolver novas biomassas e nossas caldeiras são adaptadas para a queima de resíduos. Seguimos a ODS 9 que é a inovação na indústria com baixo carbono e ODS12 para reciclagem de materiais", declarou.

12:50 - Em seu painel sobre fontes alternativas de energia, Elbia Gannoum, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, mostrou aos participantes que o a associação possui uma agenda grande pela frente. "A energia eólica tem crescido e se destacado como uma alternativa que tem crescido seu uso no país. Divulgamos um estudo no ano passado e o PIB das regiões que receberam a energia eólica cresceu 20%. A energia eólica consegue trazer retornos positivos. Em 2020, a energia eólica bateu o recorde de implantação em um ano de pandemia. Crescemos mais de 50% em relação a novas instalações. E estudos da Aneel mostra que precisamos quadriplicar os investimentos em energia eólica até 2030", declarou.

12:55 - Elbia resslatou que uma retomada do crescimento econômico irá trazer mais investimentos em linhas de transmissão e novas fronteiras para expansão em energia eólica. "Vemos uma descarbonização total por parte do Brasil com novas soluções em projetos, por meio de hidrogênio verde. Nosso grande desafio é mercado, precisamos ser criativos para escoar nossos renováveis. Produzir o hidrogênio e exportá-lo é uma importante maneira de alavancar a indústria brasileira tornando-a mais competitiva", disse.

13:00 - Davi Bomtempo: Que tipo de barreiras que o Brasil precisa superar para escalar nessa agenda?

13:00 - "No caso do offshore tecnológico temos que pensar na redução e custos, infraestrutura e logística, organização para abertura de mercado. Organizar a estrutura do Brasil para receber ao investimento. Em relação ao hidrogênio verde, temos que vencer desafios tecnológicos, principalmente barreiras tecnológicas, em relação a competitividade. Hoje, nossa principal barreira é o PIB. Se o PIB caminha a favor isso favorece o aumento da demanda de investimentos", declarou.

13:15 - Roberto Véras também abordou os desafios do Brasil neste cenário. "Temos três principais desafios: o primeiro é convencer as empresas pela terceirização da transferência energética. Hoje as empresas vivem um dilema, terceirizar ou investir e fazer por conta própria. Nosso modelo de caldeira comprova como nosso modelo não inviabiliza financeiramente. O segundo tem a ver com mercado de capitais e o terceiro ponto é a questão regula questão regulatória. Há lugares em que o licenciamento ambiental é mais complexo e isso impede a transição energética em alguns estados", declarou.

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