CNI lidera missão ao Vale do Silício em busca de oportunidades na área de inovação

Entre os pontos altos da 7ª imersão estão atividades de prospecção junto a gigantes de tecnologia como IBM, Ford e Facebook, além de encontros com aceleradoras e fundos interessados em investir no Brasil

Um grupo de 32 brasileiros, incluindo representantes do governo, acadêmicos, CEOs e diretores de empresas, participou nesta semana de uma imersão por algumas das principais plantas de inovação do planeta, na Califórnia. A missão, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o Conselho de Competitividade dos Estados Unidos e a Qualcomm, incluiu visitas voltadas para a agenda de IoT, inteligência artificial e biotecnologia a diversas empresas e centros de pesquisa do Vale do Silício – onde a renda média per capita chega a 86 mil dólares, quase o dobro da média dos EUA.

A delegação esteve no Qualcomm Institute – localizado na Universidade da Califórnia, em San Diego, onde participou de apresentações sobre pesquisas com células tronco para reprogramação genética e conheceu iniciativas altamente disruptivas, a exemplo dos estudos para implantes cerebrais de dispositivos eletrônicos. 

Entre os integrantes da imersão, estavam representantes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), Quantum4, IBM, Vale, Qualcomm, Fibria, Fapes, Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ministério da Educação, além dos 10 vencedores do Prêmio Tecnologias de Impacto – promovido pela Qualcomm com o apoio da CNI, que contemplou projetos inovadores de startups –, e outros representantes de empresas e da academia.

Ao longo dos cinco dias de imersão, o grupo conheceu o que há de mais avançado em tecnologia, infraestrutura e modelos de negócio. Também se familiarizou com temas como financiamento e gestão na área de pesquisa e desenvolvimento e empreendedorismo intensivo em tecnologia. De acordo com a superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Gianna Sagazio, a ideia das visitas foi criar oportunidades ao empresariado brasileiro de atualização em relação aos temas de maior relevância para a competitividade de seus negócios, bem como estimular a cooperação e negócios bilaterais

PONTOS ALTOS – Entre os pontos altos da imersão estão o alinhamento conceitual com experts do Vale do Silício sobre os fatores que levaram à constituição de um ambiente tão inovador e os próprios encontros entre as startups do grupo e gestores de fundos como Redpoint e Andreessen Horowitz. Gianna Sagazio detalha também que a delegação teve oportunidades concretas para novos negócios. “Tivemos momentos de importante interação com aceleradoras que têm interesse em investimentos no Brasil, a exemplo da Plug and Play e RocketSpace”, afirma a superintendente do IEL.

Esta foi a sétima edição do Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação, idealizado pela MEI – grupo constituído por 200 das maiores lideranças empresariais do país –, no âmbito de sua agenda de inserção global. As missões lideradas pela CNI têm colhido resultados importantes em termos de projetos concebidos a partir do esforço de aproximação da indústria brasileira com o que há de mais avançado no mercado.

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