Consolidação da Indústria 4.0 será mais rápida do que em revoluções anteriores

No Fórum de Manufatura, gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, falou sobre a urgência de o Brasil se inserir na realidade da 4ª revolução industrial

Segundo Gonçalves, a capacidade de a indústria nacional competir internacionalmente dependerá da habilidade do país de promover essa transformação

A disseminação das tecnologias da 4ª revolução industrial terá uma velocidade imensamente maior do que em momentos anteriores de transformação da forma de produzir. A afirmação é do gerente-executivo de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emilio Gonçalves, que participou nesta segunda-feira (19) da abertura do III Fórum de Manufatura, em São Paulo.

“A chegada e a consolidação da Indústria 4.0 será muito mais rápida do que em casos anteriores. Por essa razão, as principais nações industrializadas inseriram o desenvolvimento da Indústria 4.0 no centro de suas estratégias de política industrial para preservar e aumentar sua competitividade”, destacou Gonçalves.

O gerente-executivo afirmou que o Brasil precisa com urgência se adequar a essa realidade, uma vez que, na avaliação dele, a capacidade de a indústria nacional competir internacionalmente dependerá da habilidade do país de promover essa transformação.

“A Indústria 4.0 está aí, é a nossa chance, não podemos perder esse bonde. Desperdiçar a oportunidade criada pela indústria 4.0 será imperdoável”, enfatizou o representante da CNI.

De acordo com Gonçalves, a necessidade de adequação à Indústria 4,0 será imposta antes para alguns setores, mas chegará para todos. Quanto aos impactos, ele mencionou que irão muito além de ganhos de produtividade no chão de fábrica. Também envolverão o encurtamento dos prazos de desenvolvimento e de lançamento de novos produtos no mercado e maior flexibilidade das linhas de produção, o que tende a resultar em aumento da produtividade.

DESAFIOS – Segundo ele, Brasil terá um duplo desafio para se inserir na realidade da Indústria 4,0: buscar a incorporação e o desenvolvimento das soluções tecnológicas e ter agilidade para evitar que o gap de competitividade com os principais competidores aumente.

Ele mencionou ainda alguns pontos imprescindíveis para o país incorporar a Indústria 4.0. Entre eles estão a ampliação e melhoria da infraestrutura, o aperfeiçoamento de aspectos regulatório, formação e requalificação de recursos humanos e políticas públicas de longo prazo.

João Emilio Gonçalves também destacou os principais pontos de estudo divulgado em fevereiro pela CNI segundo o qual a adoção do modelo 4,0 é urgente para a competitividade de mais da metade dos setores da indústria brasileira. O trabalho revelou que 14 dos 24 setores industriais precisam adotar com urgência estratégias de digitalização para se tornarem internacionalmente competitivos.

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